SEM PRECONCEITOS - Oscar terá de contemplar a diversidade a partir de 2024 | Notícias Tudo Aqui!

SEM PRECONCEITOS - Oscar terá de contemplar a diversidade a partir de 2024

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Academia de Artes e Ciências Cinematográficas faz anúncio histórico de novas regras para o prêmio de melhor filme. Minorias deverão ser contempladas em temas, elencos e equipes

 

Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood anunciou novas e rigorosas normas de elegibilidade para fomentar a diversidade entre os indicados ao Oscar de melhor filme.

A partir de 2024, todas as produções que pretendem ganhar o prêmio mais cobiçado da indústria cinematográfica deverão ter um número mínimo de funcionários de minorias étnicas pouco representadas na divulgação, nas equipes de produção e administrativa, ou abordar diretamente temas que afetem estas comunidades.

A inovadora regra chega depois de anos de críticas à falta de diversidade tanto entre os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas quanto entre os indicados e vencedores do Oscar por eles selecionados.

Embora a instituição tenha adotado medidas para diversificar seus integrantes, as novas regras marcam a aposta mais agressiva para remodelar o desempenho de Hollywood em relação à diversidade.

“Acreditamos que essas normas de inclusão serão um catalizador para a mudança duradoura e essencial em nossa indústria”, ressaltou o comunicado assinado pelo presidente da Academia, David Rubin, e a diretora-geral da instituição, Dawn Hudson.

De acordo com as novas regras, as obras que competirem na categoria de melhor filme terão de cumprir pelo menos dois dos quatro critérios criados para as práticas de contratação e representação dentro e fora da tela.

O primeiro critério exige que o protagonista do filme seja de um grupo sub-representado, ou que 30% dos papéis secundários sejam distribuídos entre minorias, ou que se abordem os problemas que dessas comunidades como tema principal da obra.

Como segundo ponto, estipula-se que as figuras principais nos bastidores façam parte de grupos historicamente desfavorecidos, entre os quais estão incluídas as mulheres, as comunidades LGBTQ e portadores de deficiência.

As duas últimas medidas se referem à oferta de estágios e capacitação para grupos sub-representados e também à diversidade nas equipes de comercialização e distribuição.

Desde 2015 e o surgimento da campanha #OscarsSoWhite (Oscar Branco Demais), a Academia vem se esforçando para ampliar a diversidade entre seus membros.

A instituição se comprometeu a duplicar o número de mulheres e de integrantes não brancos presentes até 2020, depois de uma campanha de boicote à premiação. A Academia superou essas metas. Passou a ter 45% de mulheres depois da admissão de novos integrantes este ano e destinou 36% das vagas a minorias.

A medida é fruto do grupo de trabalho sobre diversidade anunciado em junho, semanas após protestos contra o racismo ganharem as ruas dos Estados Unidos e de vários países em reação à morte de George Floyd, homem negro assassinado por um policial em Mineápolis.

BAFTA As novas regras se baseiam em normas implementadas pelo prêmio Bafta, do Reino Unido. De acordo com o comunicado da Academia, elas foram criadas “para fomentar a representação equitativa dentro e fora da tela, refletindo melhor a diversidade da audiência que assiste aos filmes.”

As obras que disputarão o Oscar de melhor filme em 2022 e 2023 não estarão sujeitas a essas normas, mas deverão apresentar à instituição dados confidenciais sobre diversidade.

 


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