SÚDITO DA LEI - PF intima Sergio Moro a depor em inquérito sobre atos antidemocráticos | Notícias Tudo Aqui!

SÚDITO DA LEI - PF intima Sergio Moro a depor em inquérito sobre atos antidemocráticos

Compartilhe:

 

A Polícia Federal intimou hoje o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro a depor no inquérito que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.

O depoimento deve ocorrer no dia 2 de outubro na superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. As informações foram divulgadas pelo advogado de Moro, Rodrigo Sánchez Rios. "A oitiva é motivada em razão de ele ter ocupado, à época dos fatos, a titularidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública", diz a nota.

De acordo com a defesa, Moro será ouvido na condição de testemunha. O inquérito é relatado pelo ministro Alexandre de Moraes no STF (Supremo Tribunal Federal) e foi aberto em abril, atendendo a um pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras, depois da ocorrência de atos que defendiam o fechamento do Congresso Nacional, do STF e a volta da ditadura militar, pautas que são inconstitucionais.

O depoimento de Moro não foi solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) - tal como ocorreu com as intimações da PF a Eduardo e Carlos Bolsonaro.

 

O inquérito tramita em sigilo no Supremo e já fechou o cerco sobre deputados, youtubers e influenciadores bolsonaristas. No último dia 10, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) prestou depoimento no caso. À PF, Carlos disse que nunca utilizou verba pública para manter perfis em redes sociais e que não é "covarde ou canalha" para contratar "robôs" para difundir conteúdo e omitir essa informação, em referência a programas que criam perfis falsos e compartilham postagem de forma automatizada.

Mais cedo, a PF intimou a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) a depor no mesmo inquérito, mas a data ainda não foi definida.

Financiamento de sites antidemocráticos pelo governo

A investigação também apura se o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) financiou sites que propagaram os atos antidemocráticos.

Em junho, o relator do inquérito, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que as investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR) apontam a "real possibilidade" de atuação de associação criminosa voltada para a "desestabilização do regime democrático" com o objetivo de obter ganhos econômicos e políticos.

Foi Moraes que autorizou buscas e apreensões contra apoiadores do governo Bolsonaro. O sigilo bancário de dez deputados e um senador, todos bolsonaristas, já foi quebrado no caso. Carlos e Eduardo não foram alvos dessas medidas.

Depoimento de Bolsonaro sobre interferência na PF é suspenso

Ontem, o ministro Marco Aurélio Mello suspendeu o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. A decisão é válida até o plenário do STF decidir sobre o depoimento de Bolsonaro à Polícia Federal.

Anteontem, Bolsonaro entrou com um recurso no Supremo contra a decisão do ministro Celso de Mello, que havia determinado que ele prestasse um depoimento presencial no âmbito do inquérito.

(Com Estadão Conteúdo)

 


 Comentários
Noticias da Semana
Dicas para te ajudar
TV Tudo Aqui