CUJUBIM GRANDE - "As dragas comeram a terra no lago, no igarapé, e estão destruindo tudo" e moradores gritam por socorro

Num vídeo feito por ele é possível ver o solo cedendo e a água do rio avançando para fora do leito.

Moradores da região do distrito de Cujubim Grande, a cerca de 50 quilômetros de Porto Velho, procuraram órgãos ambientais para denunciar o garimpo ilegal no rio Madeira.

Preferindo não se identificar, um homem que mora na região afirma que os garimpeiros têm agido principalmente durante a noite, como forma de despistar a fiscalização.

Num vídeo feito por ele, às margem do Madeira, é possível ver o solo cedendo e a água do rio avançando para fora do leito.

Segundo ele, as dragas estão funcionando principalmente à noite e a ação tem causado o desbarrancamento do rio.

"As dragas comeram [a terra]. A draga entra no lago, no igarapé, e está destruindo tudo. Vai derrubar até o poste da energia ali, ó", narra o morador.

 O rio Madeira é considerado uma Área de Proteção Ambiental (APP), e não tem a atividade de garimpo permitida no local.

No ano passado, uma pesquisa apontou que a região do rio Madeira ao redor de Porto Velho já foi uma das maiores produtoras de "ouro de aluvião" e atualmente ainda podem ser encontradas dragas no rio sem autorização de lavra garimpeira ou licenciamento ambiental.

Fiscalizações x dragas

Nos últimos anos, foram várias as operações policiais no rio Madeira para combater a extração ilegal de de ouro. Em uma das mais recentes, em outubro do ano passado, embarcações do tipo 'dragas', utilizadas no garimpo ilegal foram destruídas no rio Madeira, em Porto Velho.

A ação foi feita pela Polícia Federal (PF), onde informou que a destruição das dragas foi necessária por não ser possível guardar, transportar ou apreender os equipamentos das embarcações.

(G1)