LÍNGUA DE FOGO – Falha de origem entregou condomínios da Capital para facções

O sonho da casa própria vem sendo alimentado, para as populações de menor renda do país, através de programas sociais como Minha Casa Minha Vida, do governo federal e outros com diversos nomes, pelos governos estaduais.

Se arrumar dinheiro para construir e licitar com honestidade, dando ganho a empresas sérias, que realizem as obras com as melhores técnicas da engenharia já é um desafio, agora testemunhamos que o maior problema é manter os imóveis na posse dos cidadãos e cidadãs beneficiados.

No Brasil inteiro e, em Rondônia não é diferente, as moradias sociais, horizontais ou verticais, foram literalmente dominadas por um síndico de um ‘Estado Paralelo’ que, literalmente, toma o imóvel de quem mereceu e entrega para os inscritos em sua ‘lista marginal’, membros das facções criminosas de todas as denominações.

Viraram sede do ‘Estado Paralelo do Narcotráfico’ com regras duras, ‘Tribunal do Crime’ implacável impondo ‘Pena de Morte’ com uma ‘tropa de carrascos’ executando ‘condenados’ à qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer lugar, todos os dias.

Mas o culpado disso é o próprio estado em todas as esferas do federalismo brasileiro.

O populismo demagógico barato atrás de votos, só ver a população até a entrega das chaves dos imóveis com muitas fotos, selfies e vídeos nas redes sociais.

Depois disso, as abandonam. E aí, o crime organizado toma conta e faz a festa,

Foi o que aconteceu em Porto Velho, nos condomínios Orgulho(vergonha) do Madeira e Cristal da Calama, por exemplo. Além do Morar Melhor e tantos outros.

Só o Cristal da Calama e o Orgulho do Madeira têm uma população equivalente ou maior da que tem a metade dos 52 municípios de Rondônia.

Mas nestes condomínios não têm quartel da Polícia Militar, não têm delegacia, não tem Ministério Público, não têm Fórum da Justiça, não tem Defensoria Pública, tampouco uma loja de serviços de cidadania do estadual Tudo Aqui.

Eles não têm nada.

Não têm sequer um cartório, uma agência bancária, uma loja lotérica da Caixa Econômica. A saúde e a educação são precárias. Falta transporte e não água nem esgotos.

Estes cidadãos e cidadãs não têm nada. O estado é ausente, e as facções são presentes.

Certa vez o ex-governador Confúcio Moura fez uma grande reunião com todo o secretariado de governo para discutir alternativas de segurança, transporte, comunicação, acessibilidade e outros serviços a estes condomínios que estavam sendo entregues.

A longa e demorada reunião, rendeu muito pouco. Na segurança, ficou no feijão com arroz de sempre. As patrulhas e as emergências.

Na ocasião, eu disse ao secretário da segurança, delegado Antônio Reis, que convencesse o governador a murar, fazer portarias, e estabelecer controles de entrada e saída de pessoas, produtos e cargas, como se faz em qualquer condomínio da classe média.

As cidades-estados de antes de cristo e de Roma, já faziam isso.   

Afirmei que caberia uma unidade da Unisp, que Confúcio estava começando a implantar.

Disse ainda que sem isso, viraria uma ‘Cidade de Deus’, do Rio de Janeiro. Dr. Reis tá aí para confirmar.  

O estado fez ouvido de mercador e o resultado está aí.

Agora, o Governador Marcos Rocha deflagra uma guerra contra as facções, toma território de volta e chama as famílias expulsas para retornarem e reocuparem seus imóveis.

O desafio é mantê-las seguras. É como querer manter a água entre os dedos.

O carro da polícia saí, o bandido entra armado, ameaça, tortura, expulsa e mata.

Não basta retomar o território. É preciso manter a soberania do estado e a paz social. Com segurança e outros serviços presentes.

Rocha terá que fazer mais, ir além. E o prefeito da Capital não pode ficar fora deste esforço.

É o que se espera. 

É do que trata o ‘Língua de Fogo’ de hoje.

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Veja agora, manifestações complementares sobre os fatos acima, em pequenos vídeos.

Fonte: noticiastudoaqui.com