LÍNGUA DE FOGO – Projeto com 16 anos de fracasso na saúde de Rondônia

Acabou o Carnaval e o ano, de fato, começa. A próxima parada será daqui há 40 dias, na Semana Santa, no encerramento da Quaresma cristã, que começou ontem, Quarta-Feira de Cinzas, lembrando que de nada vale os tesouros acumulados, a prepotência, o orgulho e a vaidade.

Do pó viemos, e ao pó retornaremos. E não levamos nada na hora da partida. Até o caixão luxuoso, revestido de seda ou de chumbo, guardado num mausoléu ricamente decorado, só serve para ocultar as abominações da carne putrefata, alimentando vermes asquerosos.

A boa ou a má fama é o que fica. Para envergonhar ou conferir dignidades aos descendentes.

Dito isso, é hora de voltamos à realidade do nosso dia-a-dia, com nossas esperanças, nossas crenças e nossa fé de que tudo o que está ruim, vai melhorar. De que tudo o nos aflige, causando sofrimento e dor, vai passar.

Afinal, o Sol nasce para todos. Para o justo e para o tirano. E até para estes, tudo passa. Embora se julguem e se comportam como se eterno fossem.

Assim, não percamos as esperanças de, um dia, termos um governante que prometa, cumpra e nos entregue, o Hospital de Urgência e Emergência, o substituto do Pronto-Socorro João Paulo II, construído pelo lendário coronel governador, do tempo do Governo Militar, Jorge Teixeira, quando Rondônia tinha cerca de 500 mil habitantes.

Tantas décadas depois e com Rondônia se aproximando de 2 milhões de habitantes, rico e próspero, com empregos sobrando, vemos dois governadores, reeleitos, passarem sem cumprir a maior de todas as promessas de campanhas que fizeram: construir e entregar o Heuro, livrando os doentes e os profissionais de saúde da indignidade de uma convivência forçada num cenário de acampamento de guerra.

Ambos os governos fracassaram. O que fizeram, foi enterrar alguns milhões do cidadão pagador de impostos, em obras inacabadas. E a prova indelével a lhes manchar a biografia: dois cemitérios inacabados e abandonados. Um atrás do Hospital de Base e, outro, nas proximidades da antiga Faculdade Uniron, na Zona Leste.

Todos soterradas na burocracia, nas acusações do Tribunal de Contas e nos infindáveis processos judiciais. Todos eivados de vícios, erros e falhas, desde a licitação.

Não sei porque o Poder Executivo não busca ajuda no TCE, no Ministério Público e no Tribunal de Justiça de Rondônia.

Todos estes órgãos vivem construindo luxuosos palácios sem nenhum problema, sem nenhum erro, sem nenhum órgão fiscalizador, como a Assembleia Legislativa, por exemplo, encontrar nada que obstaculize ou retarde a obra. Nem o Crea se manifesta para apontar um grau a mais ou menos na inclinação da coluna. Nada.  

Agora, parece que se encontrou a solução tanto para o estado quanto para a Capital: comprar um hospital particular pronto e acabado, funcionando e recebendo pacientes.

Claro que não é a mesma coisa. Embora tratem a saúde das pessoas, são obras adaptadas para públicos diferentes. É só um paliativo.

O governo da Capital preferiu desprezar terreno e o projeto pronto, e com recursos assegurados, deixado pelo seu antecessor, para a construção do Hospital Municipal, e também, comprar uma unidade hospitalar no mercado privado, numa parceria com a Universidade Federal de Rondônia. Com dupla finalidade: ser uma unidade de saúde municipal e ao mesmo tempo, servir como Hospital Universitário.

Acho que o gestor de Porto Velho teme passar pelo o que passou os dois últimos governadores.

Curisoso: será que falta humildade dos gestores do Poder Executivo para pedir uma aulinha aos gestores do Poder Judiciário, MP, TCE e outros?             

É do que trata o ‘Língua de Fogo’ de hoje.

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Veja agora, manifestações complementares sobre os fatos acima, em pequenos vídeos.

Fonte: noticiastudoaqui.com