
O governo Marcos Rocha tornou-se alvo preferencial de críticas as mais variadas. Algumas, justificáveis, pois carregam na sua essência o bem-estar da população; outras, nem tanto, uma vez que não refletem as legitimas aspirações da sociedade, mas, sim, interesses politiqueiros, patrocinados por incendiários pré-eleitorais. Curiosamente, muitos dos que hoje apontam o dedo na direção da administração Rocha, tentando transformá-la em uma coisa inútil, sem valor ou serventia, são os mesmos que, em passado não muito distante, festejaram sua ascensão ao posto máximo do estado de Rondônia.
É, no mínimo, estranho, que, somente agora, quando o governador se prepara para deixar a direção do estado e, provavelmente, disputar uma vaga para o Senado, pessoas enxerguem aquilo que a população vem reclamando há vários anos, porém nada fizeram de concreto para resolver a situação, como é o caso dos problemas que se avolumam e corroem as estranhas da saúde estadual, devidamente atestados nas diversas inspeções realizadas por equipes do Ministério do Público (MP-RO) e do Tribunal de Contas (TC-RO), para os quais o então candidato prometeu usar tratamento de choque, mas, como se vê, a promessa ficou apenas no papel, e o paciente acabou na UTI.
Enquanto isso, a população, principalmente aqueles que não têm condições de pagar um plano de saúde, sofre na própria carne as consequências dos desacertos causados por uma administração que se não cansa de protagonizar um verdadeiro festival de improviso e amadorismo. Rocha não pode se esquecer de que está exercendo seu segundo mandato. Sua ascensão ao comando do estado foi carregada de esperança, senão por todos, mas, com certeza, por parcela expressiva do povo rondoniense. Seu tempo está chegando ao fim. Seria bom, portanto, que o governador abandonasse a fase do improviso e adotasse uma postura mais firme em relação ao cipoal de problemas que aflige a população, asfixia sua gestão, e, consequentemente, compromete de morte suas pretensões políticas.