A VELHA GUARDA PERDEU MAIS UM
Miguel Silva foi embora. Na parte final do ano passado foi a vez do
decano da imprensa rondoniense, jornalista Euro Tourinho, pegar o
“expresso da meia noite” e partir para outra dimensão. Ontem, conforme
informou o jornalista Luiz Carlos, o “Luka”, foi a vez de um desses
pioneiros também tomar assento rumo ao Valhalla, o céu dos grandes
guerreiros vikings, onde sempre entendo estarem aqueles que fizeram
muito por aqui. A velha guarda do jornalismo, especialmente do
jornalismo esportivo rondoniense perdeu mais um, com a passagem de
Miguel Silva, paraense que durante muitos anos comandou a melhor
equipe de esportes que se formou na terra de onde, diziam os mais
antigos, Rondon nem queria levar o barro em suas botas. Talvez mais
lenda do que realidade. Miguel foi encontrar os que foram à sua
frente, Euro, Walmir Miranda, Cardoso, João Tavares, Gainete, “seu”
Dudu, Vinícius Danin, Pinguilite, Ivan Marrochos, Carlinhos Neves,
Pedro Sá e seu amigo o bispo Dom João Batista Costa. Ao amigo que se
foi fica conosco a certeza de seu bom trabalho neste “Vale de
Lágrimas” – de onde ninguém quer sair logo, À Nazaré Silva e família
os sentimentos daqueles que trabalharam e conheceram o Miguel. Que
tenha um bom lugar no Valhalla.
ENTRE DIZER E FAZER
Eu era garoto e um amigo de meus pais, ele então aí por volta dos 50
anos dizia já estar velho, sempre conversava comigo e outros garotos.
Contava que estudara em seminário e que, depois, foi ser funcionário
da Caixa Econômica – àquela altura da vida, pelo que eu ouvia meus
pais falarem ele era gerente ou coisa parecida. O nome todo eu não
sei, só que nós o tratávamos de “seu Lisis”, e sempre nos falava assim
meio do que depois entendi seriam umas parábolas. Dele ouvi a primeira
vez a citação de que cada homem tem o direito ao “livre arbítrio”, que
eu também nem sabia do que era, e que a oração do Pai Nosso era mais
do que um pedido, um compromisso. “Seu Lisis” dizia que muita gente
vai à igreja mas não pratica o que diz ali – anos depois, já adulto,
parei para ligar aquela frase na música de Fernando Mendes, “Não
adianta ir à igreja e fazer tudo errado”. Naquele tempo uma pessoa com
50 anos já era considerada “velha”, mas aquelas frases que “seu Lisis”
dizia sempre me parecem estar bem jovens, uma questão apenas de
aplicar à vida que vivemos onde é muito comum vermos quadros como
aquele que há mais de 60 anos ele dizia para nós.
EM PÍLULAS UM POUCO GRANDES
REGRAS SÃO PARA SEREM RESPEITADAS – Uma das grandes discussões abertas
pelos defensores dos “coitadinhos” vem sendo tratada na questão da
adequação de migrantes de todo o mundo aos costumes e regras dos
países que os acolhem. Ainda há pouco, se não me engano se na
Inglaterra ou na França, foi uma confusão porque autoridades
educacionais não estavam aceitando aquele véu que as meninas usam.
Ora, uma regra básica de quem chega a uma sociedade já estabilizada é
respeitar os costumes locais e não impor suas culturas. CADÊ ELES -Por
onde andam os arautos do apocalipse que tanto disseram que a Amazônia
estava pegando fogo, o que qualquer morador da região sabe que
acontece todos os anos, agora com esse incêndio na Austrália? E A MUSA
DO APOCALIPSE – Elevada pelos politicamente corretos de sempre à
condição de expert em questões de clima e defensora da Amazônia (desde
que os interesses internacionais tomem conta de tudo)? Ela mesma,
aquela adolescente que ao invés de estar na escola acabou virando musa
do apocalipse, o que ela e seus comparsas dizem sobre o incêndio na
Austrália?
HISTÓRIAS DO LÚCIO
VOCÊ QUE ESTÁ DIZENDO
Em minha vida profissional já assessorei nem sei mais quantos órgãos
públicos e políticos. E de vez em quando tropeço com jornalistas que,
em assessorias de Comunicação tentam atrapalhar o serviço de quem
busca informação. Vejam só o que aconteceu esta semana quando buscava
informações na secretaria de Segurança com relação ao caso envolvendo
policiais de Guajará e um boliviano.
Perguntei à jornalista se, “em se tratando de um caso na fronteira,
envolvendo um boliviano, não seria interessante mandar um delegado
mais experiente”. A resposta da assessora foi uma nova pergunta:
“O delgado que está cuidando do caso não é experiente?”
Respondi que não estava dizendo isso, mas fazendo uma pergunta sobre
se haveria indicação de um delegado especial. E concluiu que eu
procurasse um delgado (suponho que da direção da PC rondoniense), e
insistiu: “Só ele para te dizer se delegado A ou B é mais experiente
que o outro”.
Pois é, depois reclamam quando se critica a falta de informação de
órgãos públicos, especialmente a falta de noção de função de quem
esteja do outro lado da linha.
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