PC DE AC E MG ESTRANGULAM ORCRIM - Operação contra sonegação fiscal no AC bloqueia R$ 15 milhões e apreende veículos e gado; fazendeiro de MG é preso
Polícias apreenderam 1.325 bois e 17 veículos. Suspeitos utilizavam comprovantes de agendamento para sonegar imposto com o objetivo de comprar gado no Acre para vender mais caro em outros estados.
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Uma operação da Polícia Civil do Acre, em parceria com a Polícia Civil de Minas Gerais, bloqueou R$ 15 milhões, e apreendeu mais de 1,3 mil animais e 17 veículos nessa sexta-feira (12) . Um produtor rural e a filha dele, ambos residentes em Minas Gerais, foram presos.
A ação foi comandada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Fazendários (Defaz), e contou com o apoio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf).
Segundo a polícia, os investigados utilizavam comprovantes de agendamento para sonegar o pagamento do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o que causou um prejuízo superior a R$ 15 milhões ao poder público. De acordo com o delegado da Defaz, Igor Brito, o fazendeiro preso em Minas Gerais transitava de lá para o Acre, e sonegava o pagamento de imposto para comprar o gado e vender mais caro em outros estados.
"Todos os mandados foram expedidos aqui pelo Acre. É uma investigação daqui do Acre, da nossa delegacia [Defaz], porém, teve um apoio, com diligência também e com investigativo pelo pessoal de Minas. Seriam três prisões, só que uma das pessoas não foi localizada. Os crimes foram cometidos aqui e também com pessoas que lá estavam. Um dos fazendeiros residia lá, ele transitava no Acre, voltava para Minas Gerais e contava com o apoio dos filhos dele", explicou.
Durante as investigações, as autoridades descobriram também a indevida utilização de uma decisão judicial por parte de um dos produtores rurais investigados. A decisão autorizava o transporte de bois entre propriedades rurais sem fins comerciais, porém, o produtor passou a comercializar uma grande quantidade de animais, gerando um lucro estimado em R$ 14 milhões.
Brito ressaltou que foi pedido o bloqueio de R$ 15 milhões das contas de diversos investigados, e são valores de impostos sonegados, segundo as investigações.
"De fato, ele [fazendeiro] levava bois para diversos outros entes federativos, como São Paulo, Minas, Goiânia, Goiás. São pessoas que compravam aqui mais barato para vender lá mais caro, não pagar ICMS e ainda vendiam por um preço mais caro nos outros estados, justamente porque o preço do gado lá é mais caro", finalizou o delegado.
(g1)
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