OPINIÃO DE VALDEMIR GARCIA - Um governo desarticulado

Meses atrás, julguei que o governador de Rondônia, cel. Marcos Rocha, concluiria seu segundo mandato com a popularidade nas alturas, o que, em tese, o credenciaria a disputar uma vaga para o Senado Federal, nas eleições de 2026, com reais possibilidades de êxito, mas, hoje, diante de recentes episódios envolvendo sua administração, divulgado por setores da mídia eletrônica, reconheço que errei no diagnóstico.

Pode até parecer exagero, porém, diante das circunstâncias, comparo a administração do senhor Marcos Rocha como um barco à deriva, singrando em meio à borrasca, sem timoneiro, prestes a espatifar-se na ribanceira. A impressão é de um governo completamente desarticulado, sem rumo, incapaz de resolver suas próprias crises. É sabido que, onde não há liderança, impera a balbúrdia, o descaso, a desobediência, com cada um querendo fazer as coisas do seu jeito, sem calcular as consequências, geralmente desastrosas e irreversíveis para a população.

A ausência de liderança pode levar à desmotivação de uma equipe e a consequente perda de direção de um governo, refletindo, entre outros aspectos, na eficiência e na baixa produtividade da máquina oficial, dificultando ainda mais a solução de graves e complicados problemas contra os quais se debate a sociedade, levando de roldão a credibilidade do governante. O governador, por quem tenho profundo respeito, precisa pegar o timão da embarcação, chamar os tripulantes para uma conversa séria enquanto há tempo, antes que ela acabe encalhada nos arrecifes do desalento e ele, o timoneiro, por sua vez, no ostracismo político.

Valdemir Caldas


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