Material de empresa de Cariani fabricaria 19 toneladas de drogas



 

A Polícia Federal (PF) deu início à Operação Hinsberg, na última terça-feira (12), para investigar o desvio de produtos químicos para a produção de drogas. A ação deflagrada tem a colaboração do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e da Receita Federal. O alvo seria a empresa Anidrol, que tem como sócio o influenciador digital do mundo fitness Renato Cariani.

Nesse sentido, de acordo com a corporação, a indústria química que tem Cariani entre seus sócios, foi responsável pelo desvio de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila para a produção de drogas. Segundo as investigações da PF, a quantidade apartada seria suficiente para a fabricação de aproximadamente 19 toneladas de crack e cocaína. 

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Material desviado supera quantida de droga apreendida em operação deste ano
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) divulgou que a primeira fase da Operação Escudo na Baixada Santista, que durou 40 dias e foi encerrada em 5 de setembro deste ano, prendeu 958 pessoas e apreendeu 1 tonelada de drogas, 1.800% a menos do que seria possível produzir com os produtos que teriam sido desviados pela empresa de Cariani, segundo a PF. 

Durante a operação, a Polícia Militar do Estado de São Paulo cometeu uma chacina no Guarujá, cidade do litoral paulista, que terminou com 28 mortos. Os assassinatos começaram após a morte de um soldado das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA) no dia 27 de julho deste ano.

Indústria de Cariani teria emitido notas fiscais fraudulentas

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De acordo com as investigações da PF durante a Operação Hinsberg, a Anidrol emitia notas fiscais fraudulentas em nome de empresas licenciadas para a venda de produtos químicos no país, 60 dessas transações foram identificadas em um ano de investigação.

Renato Cariani é empresário e carrega 7,4 milhões de seguidores em suas redes sociais. Ele ficou conhecido após entrevistar ao vivo o então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PL), em agosto de 2022, dentro de sua academia em São Paulo.  

(canalcienciascriminais)

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