Morre o escritor Affonso Romano de Sant'Anna, no Rio



Poeta e escritor brasileiro mineiro morre aos 87 anos em casa, no Rio de Janeiro

 

Na manhã desta terça-feira (4/3), morreu o escritor e poeta brasileiro Affonso Romano de Sant´Anna aos 87 anos. Diagnosticado com alzheimer em 2017, Affonso era mineiro, natural de Belo Horizonte, e morreu na própria residência, no Rio de Janeiro.

Continua após a publicidade.

Affonso era viúvo da escritora Marina Colasanti, que morreu em 28 de janeiro deste ano. Ele foi cronista do Jornal do BrasilO GloboEstado de Minas e Correio Braziliense. O artista é autor de mais de 60 livros de diferentes gêneros, atuando principalmente na poesia e na crônica. Alguns títulos de Affonso são os três volumes da Poesia reunida, Como andar no labirinto, Tempo de delicadeza e Intervalo amoroso.

Estudou letras filosofia e integrou o movimento de vanguarda literária da década dos anos 1960. Na tese de doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais, Affonso versou sobre o conceito de gauche na obra de Carlos Drummond de Andrade. Além de escritor, ele lecionou literatura e escrita no Brasil e no exterior, tendo também sido um dos idealizadores do curso de pós-gradua­ção em literatura brasileira na PUC-Rio.

De 1990 a 1996, Affonso foi presidente da Fundação Biblioteca Nacional. Recebeu algumas das principais honrarias brasileiras, como Ordem Rio Branco, Medalha Tiradentes, Medalha da Inconfidência, Medalha Santos Dummont. Em 2006, conquistou o Prêmio Jabuti de Poesia com o livro Vestígios.

Continua após a publicidade.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL), em nota de pesar, lamentou a morte do escritor, poeta, cronista e ensaísta: "Sua trajetória literária e intelectual marcou a cultura brasileira ao longo de décadas. Affonso Romano destacou-se pela sensibilidade e profundidade com que abordava temas sociais, culturais e políticos. Como presidente da Fundação Biblioteca Nacional, foi um grande incentivador da leitura e da valorização do livro, contribuindo significativamente para o fortalecimento do setor editorial no Brasil."

"A CBL presta solidariedade a seus familiares, amigos e leitores, reconhecendo o legado que ele deixa para a literatura e a cultura brasileira."

(correiobraziliense)

Continua após a publicidade.


Noticias da Semana

Veja +