
Rondônia deixou de receber uma das suas duas vagas tradicionais na Copa São Paulo de Futebol Júnior, a principal competição de base do país. A decisão da Federação Paulista de Futebol (FPF) evidenciou o desgaste na relação institucional com a Federação de Futebol do Estado de Rondônia (FFER), sob a gestão do presidente Heitor Costa.
Segundo dirigentes e clubes locais, a perda da vaga representa não apenas um retrocesso esportivo, mas também um impacto direto sobre jovens atletas que enxergam a Copinha como a maior vitrine para ingressar no futebol profissional.
Por muitos anos, Rondônia manteve duas vagas no torneio graças ao diálogo contínuo com a FPF. Entretanto, essa articulação teria se enfraquecido nos últimos anos, culminando na decisão de reduzir a participação do estado. Com isso, equipes como o Sport Club Genus, que já haviam iniciado planejamento e logística para a competição, foram prejudicadas.
Dirigentes e técnicos afirmam que a mudança interrompe projetos, compromete a visibilidade dos atletas e reduz as oportunidades de avaliação por clubes de todo o país. Para muitos jovens, a Copinha representa esperança, exposição nacional e a chance de transformar suas trajetórias por meio do esporte.
Com a vaga retirada, metade dos atletas que participariam da edição de 2025 perde a oportunidade de representar Rondônia no torneio — um desfecho atribuído ao enfraquecimento do diálogo institucional e a impasses políticos entre as entidades.