
Redação, Porto Velho (RO), 11 de novembro de 2025 - Um vídeo que circulou nas redes sociais no interior de Rondônia chamou atenção ao mostrar um pedreiro trabalhando sobre um andaime e usando um ventilador para amenizar o calor intenso. O caso ocorreu em Ji‑Paraná, e rapidamente se tornou tema de debate sobre as condições de trabalho em obras no calor amazônico.
Segundo as imagens que viralizaram, o profissional está no alto de um andaime de construção civil e instalou um ventilador portátil próximo ao seu local de trabalho, direcionado para ele enquanto realiza atividades de alvenaria. A filmagem evidencia não apenas o esforço físico típico da função, mas também a adaptação improvisada para enfrentar o calor. A publicação original foi vinculada pela conta oficial da Globo na rede social Instagram. Instagram+1
O episódio traz à tona questões importantes: o clima típico da região Norte do Brasil, com temperaturas elevadas e alta umidade, pode agravar o desgaste dos trabalhadores da construção civil. A improvisação — usar ventilador sobre o andaime — aponta para uma lacuna de mecanismos oficiais de enfrentamento do calor no ambiente de trabalho, como pausas mais frequentes, hidratação contínua, ambientes de sombra ou equipamento de climatização.
Para especialistas em saúde ocupacional, essa adaptação revela que as medidas preventivas tradicionais podem estar sendo insuficientes ou inexistentes em alguns canteiros de obra. E, embora o ventilador ajude no alívio térmico, não evita outros riscos como insolação, fadiga e até desidratação.
Na comunidade de construção civil local, o vídeo foi recebido com misto de humor e preocupação: colegas apontaram a criatividade do pedreiro em lidar com o calor, enquanto sindicatos e entidades de fiscalização do trabalho lembram que a responsabilidade por condições seguras é do empregador, cabendo adotar práticas normatizadas de segurança e conforto.
O episódio de Ji-Paraná serve como alerta para o setor: no Cerrado, na Amazônia e em regiões de clima quente, a adaptação individual não substitui políticas estruturais de saúde e segurança no trabalho. A repercussão do vídeo tem mobilizado questionamentos sobre o quanto os regulamentos estão sendo cumpridos e se existe fiscalização suficiente para garantir que trabalhadores não exponham-se de forma precipitada à fadiga térmica.
Fonte: noticiastudoaqui.com