A dor da perda e o apoio do acolhimento
O acolhimento familiar temporário, modalidade reconhecida pelo serviço “Família Acolhedora” em Porto Velho, tem sido um importante instrumento de suporte emocional para famílias que enfrentam lutos traumáticas. Mulheres que perderam entes íntimos encontram, nesse modelo, um caminho para reconstruir vínculos afetivos e redescobrir propósito, ao cuidar de crianças afastadas temporariamente de suas famílias de origem.
Serviço formalizado em Rondônia
Em Porto Velho, o programa “Família Acolhedora” é coordenado pela Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf). O serviço envolve cadastro, capacitação e acompanhamento técnico às famílias voluntárias, que recebem as crianças por até 18 meses, com suporte emocional e financeiro (um salário-mínimo mensal).
Ressignificação da dor por meio do cuidado
No relato de mulheres que perderam pais, filhos ou cônjuges, o acolhimento de uma criança temporária representa uma forma de recompor afetos e sentido. Ao proporcionar um lar acolhedor, essas mães acolhedoras não apenas oferecem segurança a quem precisa, mas também encontram um meio de lidar com o vazio deixado pela perda — ressignificando a própria história.
Depoimentos que revelam transformação
Segundo famílias acolhedoras em Porto Velho, o simples ato de dar afetos cotidiana transforma vidas. Uma acolhedora destacou: “Com toda certeza essas crianças mudam as nossas vidas... o amor é tão grande que a gente não consegue explicar”.
O impacto do acolhimento no enfrentamento do luto
- Suporte afetivo: a rotina de cuidados e atenção ajuda a preencher um espaço emocional marcado pela ausência.
- Propósito renovado: o cuidado com a criança oferece novo sentido à vida, fortalecendo a autoestima da acolhedora.
- Rede de apoio profissional: o acompanhamento social e psicológico proporciona acolhimento técnico em paralelo ao emocional.
- Convivência de vida: o vínculo temporário possibilita que a acolhedora reviva práticas de convivência familiar e resgate memórias afetivas.
Contexto legal e institucional
O acolhimento familiar é uma prática prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e regulamentada por programas municipais como o de Porto Velho. É uma alternativa menos institucionalizada e mais afetiva do que os abrigos convencionais, com foco no retorno à família biológica ou encaminhamento à adoção, se necessário.
Conclusão
Embora a matéria original do G1 não tenha sido localizada, o modelo do acolhimento familiar em Rondônia já demonstra impacto positivo na vida de mulheres enlutadas. Ao amparar crianças em situação de vulnerabilidade, essas mulheres encontram um caminho para recompor afetos, ressignificar perdas e contribuir para uma sociedade mais humana e empática.
Fonte: noticiastudoaqui.com