Redação, Porto Velho, RO, 29 de setembro de 2025 – O processo de regularização fundiária das Agrovilas Codaron e Porto Verde, iniciado pelo Governo de Rondônia por meio da Secretaria de Estado de Patrimônio e Regularização Fundiária (Sepat), começa a transformar em realidade um sonho antigo de centenas de famílias que vivem na região, às margens da BR-364, km 13, entre Porto Velho e Candeias do Jamari.
Além da demarcação técnica e orientação documental, a ação mobiliza moradores que aguardam há anos a oportunidade de terem a posse da terra reconhecida oficialmente.
Vozes da comunidade
“Esperei mais de 20 anos por este momento. Sempre trabalhei aqui, mas não tinha como investir ou buscar crédito porque não havia documento. Agora, com o título, a gente ganha dignidade e segurança”, contou Maria de Lourdes, moradora da Agrovila Porto Verde.
Já o agricultor Seu Raimundo Ferreira, da Codaron, destaca que a regularização vai garantir tranquilidade para as próximas gerações: “É para meus filhos e netos que estou feliz. Eles terão a certeza de que essa terra é nossa de verdade.”
Etapas em andamento
- Equipes técnicas da Sepat já iniciaram o georreferenciamento e a demarcação dos lotes, instalando marcos físicos que delimitam cada imóvel.
- Moradores estão sendo atendidos para abrir ou atualizar cadastros junto ao órgão.
- Um mutirão especial, com a unidade móvel ‘Sepat Sobre Rodas’, será realizado no dia 3 de outubro, na sede da Pastoral de Porto Velho (Rua Coentro do Codaron), das 8h às 17h.
Benefícios esperados
Com a regularização, famílias terão segurança jurídica sobre suas propriedades, possibilidade de acessar crédito rural, valorização do patrimônio e acesso facilitado a políticas públicas de infraestrutura, saneamento e energia elétrica.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou que a ação representa “um passo histórico para dar dignidade às famílias que construíram suas vidas nessas agrovilas”.
Histórico da ocupação
As Agrovilas Codaron e Porto Verde foram criadas a partir de antigos projetos de colonização e expansão da capital. Com o tempo, muitas famílias se fixaram no local, construindo casas e plantando lavouras, mas sem o respaldo legal da titularidade. A ausência de documentação oficial dificultou o acesso a serviços básicos e investimentos, perpetuando a insegurança sobre a posse da terra.
Desafios pela frente
Apesar do avanço, especialistas lembram que a regularização fundiária demanda enfrentamento de problemas como sobreposição de áreas, disputas entre vizinhos e a burocracia documental de processos antigos. A participação ativa da comunidade será fundamental para que o trabalho ocorra de forma justa e transparente.
Expectativa
Para moradores como Maria e Raimundo, o sentimento é de esperança. A expectativa é que, até o fim do processo, todos tenham finalmente em mãos o título que garante não apenas a propriedade da terra, mas também o reconhecimento de uma história de trabalho e resistência.
A ação é considerada um marco para a região e deve se expandir a outras localidades do estado nos próximos meses.
Fonte: noticiastudoaqui.com