DERROTA DE LULA NA OEA - Brasil perdeu por 23 X 3 a disputa por cadeira na Comissão de Direitos Humanos após anúncio de tarifa de Trump

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Redação, 14 de julho de 2025 - No dia 11 de julho de 2025, ocorreu a eleição para três vagas na Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA. O Brasil lançou o nome de Fábio Sá e Silva, professor da Universidade de Oklahoma e pesquisador do Ipea, com apoio formal do Planalto, do chanceler Mauro Vieira e de Jorge Messias, da AGU .

Porém, em um movimento diplomático interno, o Itamaraty decidiu retirar tacitamente a candidatura brasileira para evitar tensões com os EUA ― que haviam imposto tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros poucos dias antes. O Brasil acabou com apenas 3 votos, enquanto o mexicano José Luis Caballero Ochoa conquistou 23, e cinco países optaram pelo voto em branco.

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Motivações e pressões

A crise com os Estados Unidos

Na quarta-feira, 9 de julho, os EUA anunciaram tarifas punitivas, elevando o conflito comercial e diplomático com o Brasil. Esse cenário teria pesado na decisão de Itamarati de buscar um “consenso” com aliados latino-americanos, abrindo caminho ao nome do México.

Tensões internas

Apesar do apoio formal, no governo houve resistência: diplomatas acreditavam que manter a candidatura seria estratégico para retomar protagonismo regional e evitar o avanço conservador na OEA. Deputados e senadores pressionaram pela permanência na disputa, mas sem sucesso.

Perfil de Fábio Sá e Silva

  • Professor na Universidade de Oklahoma;
  • Ex-colaborador do PNUD, Unesco e CIDH;
  • Consultor no relatório sobre direitos humanos no Brasil em 2019;
  • Em audiência no Congresso dos EUA, criticou “turba antirregras” e defendeu o STF como institucionalmente legítimo.

Ele foi informado da retirada do Brasil na tarde do dia 10 de julho, em Washington, durante a campanha pelos votos.

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Impactos para o Brasil

  1. Perda de influência na CIDH: sem representante, o Brasil não fará parte das deliberações internas, justamente em um momento de questionamento de sua soberania e atuação judicial, com casos como o 8 de janeiro e o inquérito sobre Jair Bolsonaro.
  2. Desgaste diplomático: o recuo é visto por críticos como submissão aos interesses dos EUA, enquanto defensores ressaltam o movimento como gesto de “generosidade” ao México .
  3. Reação política interna: legisladores classificaram a manobra como um erro estratégico, especialmente diante da ofensiva conservadora no sistema interamericano.

A retirada do Brasil da disputa por vaga na CIDH reflete um cálculo diplomático delicado, entre preservar relações comerciais com os EUA e manter voz ativa em mecanismos de direitos humanos. O episódio expõe também tensões internas entre prioridade diplomática e o desejo de manter protagonismo internacional, num momento em que os direitos humanos e a política externa brasileira estão sob escrutínio.

Fonte: noticiastudoaqui.com--


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