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A reabertura da fronteira do Brasil com a Venezuela no município de Pacaraima (RR), em julho, fez saltar o número de imigrantes venezuelanos que vêm tentar a vida em solo brasileiro. Segundo a OIM (Organização Internacional das Nações Unidas para as Migrações), no mês de maio, 7 venezuelanos cruzaram a fronteira de Santa Elena com Pacaraima. Em novembro, foram 8.117.
Dados da agência das Nações Unidas mostram que o número de migrantes venezuelanos que entraram no Brasil por Pacaraima subiu exponencialmente em junho (1.524) —mesmo com a fronteira fechada— e julho (5.234), até atingir o seu pico em novembro. Em dezembro, até o dia 15, foram 519.
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Segundo equipes do MSF (Médicos Sem Fronteiras) que atuam nessa região, muitos dos imigrantes vindos da Venezuela vão morar nas ruas e não têm acesso a cuidados de saúde e outros serviços básicos quando chegam ao Brasil.
Por isso, o número de atendimentos médicos feitos pela organização também está crescendo. Em julho, o MSF realizou 292 consultas médicas gerais. De agosto a novembro, a média mensal foi de 640 atendimentos. Novembro teve o maior número de atendimentos no ano: 692 consultas.
Já os atendimentos de saúde sexual e reprodutiva, que são contabilizados à parte, subiram de 91 em julho a uma média de 230 por mês de agosto a novembro. Também cresceram as atenções de saúde mental: de cerca de 90 em julho para média de 110 mensais de agosto a novembro.
Os pacientes da organização humanitária internacional em Roraima apresentam doenças como estresse agudo, depressão e ansiedade. Problemas de saúde estão ligados ao deslocamento, à separação da família, às longas caminhadas e à violência a qual são submetidos.
(Poder360)
