
Desde que o cardeal Robert Francis Prevost foi escolhido pelo Colégio de Cardeais, começou uma corrida para decifrar seus sinais, da escolha do traje ao nome, a fim de prever qual será a tendência do seu pontificado.
No sábado (10/5), o papa Leão 14 facilitou e muito a vida dos especialistas em religião ao explicar os motivos da escolha do nome. Ele afirmou ter sido por causa de Leão 13 (1878-1903), e citou os dois grandes pilares da igreja chamada progressista, a encíclica Rerum Novarum (1891), o Concílio Vaticano II (1962-1965), reunião de bispos do mundo todo que modernizou a Igreja Católica, e, textualmente, a própria Doutrina Social da Igreja.
"O nome dele é o programa [de governo] dele", resumiu o cardeal Ladislav Nemet, arcebispo de Belgrado, em entrevista à HRT, a Rádio e Televisão Croata.
Para não deixar dúvidas, Leão 14 fez um discurso contundente durante encontro com cardeais, no qual deixou claro seu alinhamento com o pontificado de seu antecessor Francisco.
"Gostaria que juntos, hoje, renovássemos nossa plena adesão, neste caminho, à via que há décadas a Igreja universal tem trilhado na esteira do Concílio Vaticano II. O Papa Francisco recordou e atualizou magistralmente seus conteúdos na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (2013), da qual quero destacar alguns pontos fundamentais: o retorno ao primado de Cristo no anúncio; a conversão missionária de toda a comunidade cristã; o crescimento na colegialidade e na sinodalidade; o cuidado amoroso pelos últimos e pelos descartados; o diálogo corajoso e confiante com o mundo contemporâneo em suas diversas componentes e realidades."