Redação – O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), elevou o tom contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante sua participação no XIII Fórum de Lisboa, realizado nesta quarta-feira (2/7). Apresentando-se novamente como pré-candidato à Presidência da República, Caiado acusou Lula de despreparo, destempero político e de fomentar uma "guerra de secessão" no país.

Em seu discurso no evento internacional, o governador goiano criticou duramente a postura do presidente diante do Congresso Nacional, após recentes atritos entre os Poderes envolvendo a derrubada do decreto que aumentava o IOF.

“(Lula está) taxando o Congresso Nacional de inimigo do povo. É realmente um processo de querer desconhecer as regras da democracia”, afirmou Caiado.
“Falta ao presidente ele realmente sentar para trabalhar”, completou.

Críticas à articulação do governo

Segundo Caiado, a atual gestão federal tem priorizado embates institucionais em vez de apresentar soluções concretas para os problemas do país. Ele afirmou que Lula estaria desrespeitando o princípio da harmonia entre os Poderes e alertou para os riscos de “radicalização política”.

“É preciso governar com responsabilidade e respeitar o papel do Legislativo. Lula prefere o confronto ao diálogo. Isso é perigoso para a democracia brasileira”, declarou o governador.

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As falas de Caiado ocorreram no contexto de um momento tenso entre o Executivo e o Congresso, acentuado pela reação do presidente Lula à derrubada do aumento do IOF, em que Lula declarou que “se não for ao Supremo, não governa o país”.

Pré-campanha antecipada

Em Lisboa, Caiado reforçou sua disposição de disputar a Presidência da República em 2026. Com discurso voltado à centro-direita e tom conservador, o governador goiano tem buscado se posicionar como alternativa a Lula e também ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que permanece inelegível.

“O Brasil precisa de equilíbrio, competência e compromisso com as instituições. Minha pré-candidatura representa esse caminho”, disse.

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Reação do Planalto

Até o momento, o Palácio do Planalto não se manifestou oficialmente sobre as declarações de Caiado. Nos bastidores, aliados do presidente classificaram o discurso como “eleitoreiro e oportunista”, apontando que o governador busca projetar-se nacionalmente às custas da polarização política.

Cenário político em ebulição

As declarações de Caiado refletem o acirramento das disputas políticas que já começam a moldar o cenário para 2026. Com a base governista fragilizada no Congresso e a oposição buscando ocupar espaço no debate público, a tendência é de que episódios como esse se tornem cada vez mais frequentes.

Fonte: noticiastudoaqui.com