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CHORA, LULA, CHORA - Lula reage a veto de visto a Moraes: “Inaceitável, arbitrário e tentativa de intimidação”

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Redação, Brasília, 19 de julho de 2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou como “inaceitável” a decisão do governo dos Estados Unidos de revogar o visto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em pronunciamento na manhã deste sábado (19), Lula condenou a medida adotada pela gestão de Donald Trump, chamando-a de “arbitrária, sem fundamento” e parte de uma “tentativa de intimidação” contra o Judiciário brasileiro.

“Não é aceitável que um país estrangeiro interfira no funcionamento das instituições brasileiras. O STF é um pilar da democracia e seus membros devem ser respeitados dentro e fora do país”, afirmou Lula, em tom firme.

A revogação do visto de entrada de Moraes teria ocorrido na esteira de tensões diplomáticas crescentes entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, agravadas após manifestações de Trump em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O republicano tem atacado publicamente os processos judiciais contra Bolsonaro, a quem chama de “perseguido político”, e chegou a enviar uma carta ao presidente Lula pedindo a suspensão do julgamento que envolve a tentativa de golpe de 2022.

Clima de crise diplomática

Para o governo brasileiro, a decisão dos EUA abre um precedente perigoso e pode afetar negativamente a relação bilateral. Lula disse que já acionou o Itamaraty para solicitar esclarecimentos formais e avaliar as repercussões diplomáticas do caso.

“O que está em jogo aqui não é apenas a liberdade de locomoção de um ministro da Suprema Corte, mas o respeito mútuo entre nações soberanas. O Brasil não aceita pressões políticas, muito menos tentativas de desestabilizar o funcionamento das suas instituições”, declarou Lula.

Trump amplia ofensiva contra Judiciário brasileiro

A medida contra Moraes ocorre em meio ao aumento da pressão internacional por parte de Trump e de aliados do ex-presidente Bolsonaro. Recentemente, Trump vem intensificando seus ataques ao STF e especialmente a Moraes, relator dos principais processos ligados à tentativa de golpe de 2022. O ex-mandatário americano acusa o Brasil de perseguir politicamente seu “amigo” Bolsonaro.

A decisão dos EUA de revogar o visto do ministro é vista por analistas como uma escalada sem precedentes. “É uma tentativa clara de deslegitimar a atuação do Judiciário brasileiro diante da comunidade internacional”, afirmou uma fonte do Palácio do Planalto sob condição de anonimato.

Solidariedade institucional

A fala de Lula foi acompanhada por manifestações públicas de apoio a Moraes por parte de ministros do STF, do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e de lideranças de partidos do centro democrático. Todos classificaram a decisão norte-americana como uma afronta à soberania do Brasil.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, disse que “a independência judicial é um valor inegociável em qualquer democracia verdadeira”. Já o procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que a medida dos EUA “parece mais uma ingerência do que uma política diplomática”.

Tensão segue crescendo

Nos bastidores, o Planalto avalia que a situação ainda pode se agravar, principalmente diante da possibilidade de novas sanções unilaterais por parte do governo Trump. Integrantes da equipe de Lula veem a ofensiva como parte de uma tentativa de desestabilizar o sistema de Justiça brasileiro e pressionar por um eventual asilo político a Bolsonaro.

Ainda nesta semana, o STF impôs uma série de medidas cautelares a Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso a embaixadas e contatos com autoridades estrangeiras, exatamente para impedir uma possível fuga e pedido de asilo.

Com a nova crise instaurada, Lula deve reunir o Conselho de Segurança Nacional e diplomatas experientes para traçar uma resposta institucional forte, com o objetivo de preservar a autonomia dos poderes e proteger o país de ingerências externas.

Fonte: noticiastudoaqui.com

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