Foram vários discursos, em cidades e locais diferentes. Mas a OAB rondoniense, através do seu presidente, Márcio Nogueira, não se calou ante o que está acontecendo no Judiciário nacional. No Instagram do Presidente, se pode assistir a vários pronunciamentos sobre o tema. Vale a pena ler alguns trechos extraídos dos discursos:

“A Primeira Turma do STF determinou que os celulares de advogados e jornalistas fossem lacrados durante uma sessão pública de julgamento. Sim, em uma sessão pública. Essa medida fere diretamente o direito da advocacia de registrar atos públicos e o dever da imprensa de garantir a transparência do Judiciário. Gravar o que é público não é abuso. É prerrogativa. É cidadania. É democracia. Já formalizamos o pedido de revisão. E seguiremos vigilantes”.

“A Ordem dos Advogados do Brasil não aceita nenhuma ditadura: nem a do fuzil e nem a ditadura da toga. Nenhuma instituição está acima da Constituição Federal, nem mesmo o Supremo Tribunal Federal”. Mais adiante, na posse da nova diretoria da OAB de Ji-Paraná, Nogueira foi duro: “nós não fomos eleitos para sermos cúmplices do silêncio!”

O caso da brasileira condenada a 14 anos de prisão por ter usado batom para escrever “Perdeu Mané” numa estátua, mereceu também frases fortes do presidente da OAB rondoniense: “Quatorze anos por batom: esta desproporção não é Justiça, é espetáculo , é vingança. E quando a Justiça se presta a espetáculo e vingança, quem sai de cena é o Estado Democrático de Direito”. Podem aplaudir!

Autor: Sérgio Pires