
Quer queira, quer não queira, é impossível fazer política sem a virtude da habilidade. E essa parece ser uma peculiaridade do senador Confúcio Moura (MDB-RO).
Quando a situação prenuncia o caos, Confúcio entra no jogo e, com a capacidade política de superar obstáculos (qualidade, inclusive, reconhecida por adversários), consegue mudar o resultado da partida.
Essa é uma das virtudes que faz do senador rondoniense uma figura que está sempre na berlinda dos acontecimentos políticos. Quanto mais complicada a situação, mais se sobressai o político experiente.
Derrota é uma palavra que não fazer parte do vocabulário político de Confúcio.
Cultivando o hábito do silêncio, exceto quando provocado, Confúcio deixe sempre para agir no momento apropriado.
Ele é um dos poucos políticos rondonienses que dispõe desse capital imperceptível aos que não entendem de política e condenável aos olhos dos que simplesmente detestam a atividade dos políticos.
À parte de qualquer consideração ideológica ou doutrinária, Confúcio é um profissional da política de quem se pode afirmar que tem habilidade. Se ele a usa em proveito próprio, de amigos, de grupo político ou de apoiadores, como esbravejam uns poucos, cabe perguntar, todavia, o que fariam seus críticos se estivessem na sua privilegiada posição. É impressionante a capacidade de Confúcio quando se trata de manejar a estrutura partidária. Poucos, como ele, conseguem se movimentar no campo minado da política com tanta maestria e fazê-la operar proveitosamente. Apesar de sua aproximação com o governo do presidente Lula (cuja aceitação popular despenca a cada pesquisa) ter deixado muitos eleitores desiludidos, isso não significa, contudo, que Confúcio está politicamente morto.