Ex-presidente alegou problemas de saúde; compromissos no estado incluíam apoio a candidatos ao governo e Senado
Redação, 02 de julho de 2025 - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou oficialmente todos os compromissos públicos que teria durante o mês de julho, incluindo a aguardada visita a Rondônia. A decisão, anunciada nesta quarta-feira (2), foi tomada por recomendação médica, após uma série de problemas de saúde enfrentados pelo ex-chefe do Executivo.
Segundo nota assinada pelos médicos Claudio Birolini (cirurgião geral) e Leandro Echenique (cardiologista), Bolsonaro deverá permanecer em repouso domiciliar durante todo o mês para se recuperar de uma cirurgia extensa, além de um quadro de pneumonia e crises recorrentes de soluços — sintomas que, segundo o comunicado, têm prejudicado sua fala e alimentação.
“Comunicamos que o Sr. Jair Messias Bolsonaro permanecerá em repouso domiciliar durante o mês de julho, com o objetivo de garantir a completa recuperação de sua saúde (...)", diz o trecho do laudo compartilhado pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro nas redes sociais.
Compromissos cancelados
Entre os compromissos que foram suspensos está uma intensa agenda em Rondônia, prevista entre os dias 9 e 12 de julho. O ex-presidente visitaria pelo menos seis municípios com o objetivo de impulsionar as pré-candidaturas do PL no estado: Marcos Rogério ao governo estadual e Fernando Máximo e Bruno Scheid ao Senado Federal.
A programação incluía visitas a São Francisco do Guaporé e São Miguel do Guaporé no dia 9; Cacoal, Pimenta Bueno e Vilhena no dia 10; e presença confirmada na tradicional Expojipa, em Ji-Paraná, no dia 12. Bolsonaro também participaria do ato de filiação de novas lideranças regionais ao Partido Liberal.
Além de Rondônia, a agenda de julho incluía viagem a Santa Catarina, onde o ex-presidente lançaria oficialmente a pré-candidatura de seu filho, Carlos Bolsonaro, ao Senado Federal — outro compromisso suspenso por conta da recomendação médica.
Repercussão
O cancelamento da visita provocou reações intensas no meio político de Rondônia, especialmente entre os aliados bolsonaristas. A ausência do ex-presidente em eventos estratégicos no estado gerou mal-estar e já provoca disputas internas entre os pré-candidatos “abençoados” e os que se sentem “abandonados” pela liderança nacional do PL.
A decisão também levanta dúvidas sobre os próximos passos da campanha da direita no estado, que contava com a presença de Bolsonaro como peça central na articulação política e mobilização popular.
Enquanto isso, a equipe médica segue monitorando o estado de saúde do ex-presidente, que ainda não tem previsão de retomada de agenda pública.
Fonte: noticiastudoaqui.com
