O dicionarista Francisco da Silveira Buenos define o vocábulo nepotismo como substantivo masculino, que significa favoritismo, patronato, apadrinhamento, parentelismo, afilhadismo, entre outros “ismos”.
O deputado federal Chrisóstomo Moura, também conhecido como Coronel Chrisóstomo (PL-RO), está na berlinda da opinião pública. Acusam-no de patrocinar o mais deslavado nepotismo. O crédito da notícia vai para o colunista Tacio Lorran, do portal Metrópole, cujo texto foi reproduzido pelo jornal Expressão Rondônia. O caso será apurado pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Em Rondônia, há muito tempo, Ministério Público e Tribunal de Contas vêm alertando dirigentes públicos e políticos para os riscos do nepotismo, mas, pelo visto, ambos têm pregado a ouvidos moucos. Frequentemente, a população rondoniense toma conhecimento de que repartições públicas e gabinetes parlamentares estariam sendo usados para acomodarem parentes e aderentes de governantes e políticos. Quando o MPE-RO e o TCE-RO apertam o cerco aos patrocinadores da imoralidade consentida, sempre aparece uma cabeça oca tentando desmerecer a ação proficiente dos órgãos de fiscalização e controle, quando, na verdade, as instituições só estão cumprindo a tarefa que lhes reserva a legislação vigente, atuando, portanto, no estrito cumprimento do dever.
Exagero, contudo, é a tentativa de procurar oferecer interpretação diferente à atuação do MPE-RO e TCE-RO, cujos papeis são cruciais e complementares na manutenção da ordem jurídica, dos direitos da sociedade e na garantia da boa gestão pública. A população rondoniense aguarda uma posição do deputado sobre a denúncia de nepotismo em seu gabinete. Oficialmente, não existe nada que aponte para a culpa do parlamentar, mas isso não retira o conteúdo bombástico da denúncia.
Valdemir Caldas