Reserva ambiental em Rondônia vira alvo permanente de críticas e Confúcio Moura tenta se justificar




O tema das reservas ambientais em Rondônia voltou ao centro do debate político e social após o senador Confúcio Moura reagir às críticas sobre a criação, em 2018, de 11 unidades de conservação no estado.

Em artigo recente, Confúcio defendeu que muitas das áreas envolvidas são terras devolutas — isto é, territórios da União sem destinação definida — e que essas áreas merecem ser preservadas. Para ele, deixar partes da Amazônia “intactas” é uma forma de proteger mananciais, biodiversidade e processos naturais fundamentais à vida.

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No entanto, a iniciativa gerou forte rejeição em amplos setores da sociedade — especialmente entre produtores rurais e moradores das regiões afetadas. A Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) abriu uma CPI das Reservas Ambientais de Rondônia, cujos relatórios apontam que os decretos foram aprovados sem estudos técnicos adequados nem consulta pública, configurando “insegurança jurídica” para milhares de famílias que já viviam e trabalhavam nas áreas.

Críticos — entre eles parlamentares e representantes do agronegócio — classificam a medida como uma “traição” ao homem do campo: segundo eles, famílias com título legítimo de propriedade perderam a garantia sobre suas terras da noite para o dia, sem compensações.

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Em contraponto, Confúcio repete que a ideia não foi política ou ideológica, mas rigorosamente técnica, apontando que as 11 reservas foram criadas com base em zoneamento ambiental e estudos prévios, com o propósito de promover um modelo de “floresta viva” — onde floresta e desenvolvimento rural pudessem conviver.

O embate revela a tensão persistente entre conservação ambiental e interesses fundiários, entre a preservação da Amazônia e a estabilidade social e econômica das comunidades rurais. A polêmica reacende um velho dilema: é possível proteger a floresta sem comprometer a vida das pessoas que depende da terra para viver?


Fonte: noticiastudoaqui.com

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