
Redação, Porto Velho (RO), 11 de setembro de 2025 – Convocado pela Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) para prestar esclarecimentos sobre os problemas crônicos da saúde pública, o secretário estadual de Saúde, Jeferson Rocha, deixou parlamentares insatisfeitos com respostas consideradas evasivas e sem perspectivas de soluções a curto prazo.
Entre os pontos abordados estiveram o projeto do Hospital de Urgência e Emergência de Rondônia (Heuro), que nunca saiu do papel, a realização de exames clínicos, a carência de leitos e o atendimento precário em diversas unidades.
Apesar da longa fala do secretário, deputados apontaram que nenhuma medida efetiva foi apresentada para enfrentar a crise. Para os críticos, a atual gestão do governo de Rondônia ficará marcada pela ineficiência na área da saúde.
Delegado Camargo propõe CPI
Diante da falta de respostas, o deputado estadual Delegado Camargo (Republicanos, Ariquemes) anunciou a proposta de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
O parlamentar destacou que a comissão pretende apurar desde a obra inacabada do Heuro até contratos firmados na pandemia, como os de aquisição de máscaras.
O escopo da CPI incluiria ainda a contratação da Unops para o Hospital Regional de Guajará-Mirim, além do estado crítico de hospitais como João Paulo II, Hospital de Base Ary Pinheiro, Cemetrom, Cosme e Damião e o Regional de Cacoal.
Relatórios apontam colapso
Auditorias realizadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-RO) já haviam revelado graves falhas na rede estadual de saúde, como falta de medicamentos, equipamentos quebrados, filas intermináveis e infraestrutura precária, elementos que reforçam a necessidade de investigação.
Próximos passos
Caso a CPI seja instalada, caberá aos deputados convocar autoridades, requisitar documentos e encaminhar eventuais irregularidades ao Ministério Público e ao próprio TCE-RO. A abertura da comissão depende do apoio de um número mínimo de parlamentares, conforme estabelece a Constituição Estadual e o Regimento Interno da Assembleia.
Enquanto isso, a população segue enfrentando as consequências de uma gestão marcada por promessas não cumpridas e hospitais à beira do colapso.
Fonte: noticiastudoaqui.com