Azul atrasa 4 hs e causa prejuízo a comitiva de RO com destino a Belém



Um grupo de participantes que sairia de Porto Velho para a COP30 não conseguiu embarcar após o voo inicial da Azul, previsto para a tarde do sábado (8), sofrer atraso de quatro horas. Com isso, os passageiros perderam as conexões e não conseguiram seguir viagem. Segundo relatos, a companhia aérea ofereceu novo voo apenas para o dia 14 de novembro, quase uma semana depois.

Contexto: Nenhuma das companhias aéreas que atuam em Rondônia oferecem voo direto para Belém. Os passageiros que desejam chegar à capital paraense precisam fazer uma ou mais conexões em cidades como Belo Horizonte (MG), Manaus (AM) e Guarulhos (SP).

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A Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), acontece entre os dias 10 a 21 de novembro, em Belém.

Uma das passageiras é a indígena e jornalista Luciene Kaxinawá. Ela contou ao g1 que chegou ao aeroporto de Porto Velho por volta de 13h com um bebê de colo e passou mais de quatro horas esperando uma resposta da companhia aérea sobre o voo. O prejuízo é de R$ 10 mil só de passagem.

"Frustração, revolta, fiquei indignada. Vou perder muitas coisas importantes. Pagamos caro para no fim passar por tudo isso com uma bebê nos braços", relata.

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Luciene é coordenadora-geral da Articulação Brasileira de Indígenas Jornalistas (Abrinjor) e faria o pré-lançamento do Manual de Redação do Jornalismo Indígena, previsto para acontecer no dia 13 de novembro. Além disso, ela deveria integrar um painel sobre a participação de mulheres indígenas nas COP, marcado para o dia 12 de novembro.

O voo que a jornalista comprou fazem duas conexões antes de chegar em Belém, com a seguinte rota:

  • Porto Velho ➡️ Manaus ➡️ Santarém ➡️ Belém;
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Voo de Porto Velho para Manaus atrasou quatro horas — Foto: FlightAware/Reprodução

Segundo a Azul, existem dois voos semanais que vão até Belém saindo de Porto Velho: às quartas e sextas-feiras.

"O que a companhia aérea nos informou? O voo chegaria aqui por volta das 7 da noite e 7 da noite eu já estaria embarcando para Santarém lá em Manaus, então não teria como chegar a tempo de pegar essa conexão e não teria um outro voo disponível para os próximos, a não ser sexta-feira. E eles não dariam ajuda de custo, hospedagem, enfim, até sexta-feira. Eles dariam só se fosse um dia", relata.

O mesmo ocorreu com o ambientalista Edjales Benício. Para ele, além das questões financeiras, o que mais impacta é o prejuízo profissional.

"A gente se prepara para essas atividades, as pessoas contam conosco. A COP é uma atividade que faz parte do nosso calendário profissional, nosso calendário social, nosso calendário político. Eu que sou militante da área de meio ambiente, de direitos humanos, está no momento para a gente estar lá, expondo nossas ideias fazendo as nossas articulações", afirma.

O ambientalista estava confirmado em diversos painéis. Somente na segunda-feira (11), ele participaria de três eventos.

"Eles só conseguiram colocar num voo do dia 14. Ou seja, eu vou perder praticamente a metade da COP e só vou poder participar do dia 14 em diante. Isso se eu conseguir embarcar. Pelo jeito nem garantia de embarque mais a gente tem", lamenta.




fonte g1ro


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