Justiça interdita frigorífico da JBS S/A em Pimenta Bueno após vazamento de amônia



Um grave vazamento de amônia em um frigorífico da JBS, localizado em Pimenta Bueno (RO), resultou na intoxicação de pelo menos 27 trabalhadores — incluindo duas gestantes.

Em decisão proferida pela Justiça do Trabalho, a unidade foi interditada de forma imediata. A determinação prevê multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

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No sábado (29/11), o vazamento elevou níveis de risco no ambiente de trabalho, o que levou muitos funcionários ao hospital com sintomas como dores de cabeça e irritação; duas gestantes foram mantidas em observação. A interdição, anunciada no domingo (30/11), atende pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT), que havia acionado a Justiça após a constatação do acidente.

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Consequências e determinações

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Com a interdição:

  • Todas as atividades da planta foram suspensas imediatamente.
  • Os trabalhadores dos setores afetados foram afastados, mas continuarão com salários e direitos assegurados durante a paralisação.
  • A empresa foi obrigada a apresentar, em até 24 horas, um plano de ação e relatório técnico sobre o acidente.
  • A reabertura depende de perícia técnica para aferir os níveis de amônia e garantir que os ataques aos trabalhadores não se repetirão.

O que diz a empresa

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Segundo nota divulgada pela própria JBS, o vazamento foi controlado rapidamente — os protocolos de segurança teriam sido acionados, e todos os trabalhadores foram removidos da área afetada e receberam atendimento. A empresa afirma que os funcionários utilizavam equipamentos de proteção e que a situação já estaria normalizada.

Riscos e alertas no trabalho

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Especialistas ouvidos no caso avaliam que o incidente evidencia falhas graves nos protocolos de segurança e manutenção de sistemas com amônia — um gás tóxico quando liberado sem controle. Vazamentos em câmaras frias ou sistemas de refrigeração requerem monitoramento contínuo e uso rigoroso de EPIs, além de inspeções periódicas.

Casos recentes em outras unidades no Brasil mostram que, sem fiscalização adequada, a saúde dos trabalhadores e a segurança do meio ambiente ficam em risco.

Para o MPT e a Justiça, a interdição não é apenas uma sanção — mas uma medida de urgência para garantir que as condições de trabalho sejam adequadas e seguras antes de permitir o retorno das atividades.

Fonte: noticiastudoaqui.com


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