Ir. M. Nilza P. da Silva – Como descreve o Instagram do Vaticano: “Não faltou bom humor na audiência que o Papa Francisco concedeu aos participantes do capítulo geral dos Padres de Schoenstatt.” Uma audiência em atmosfera de família, onde o amor e a confiança mútua dá o tom nas conversas e nos conselhos.

Pe. Vandemir Meister conta: “O encontro foi, no dia 1º de setembro, às 11 horas da manhã. Éramos mais ou menos 60 padres, a maioria tinha participado do Capítulo Geral. Foi um encontro muito amigável, o Papa começou fazendo referências ao Pe. Alexandre Awi, que trabalha ali com ele e suas palavras foram bastante entusiasmadoras.”

A partir dos Santuários, a serviço da Igreja

No começo, o Pe. Alexandre saúda o Papa, em nome de seu Instituto: “De fato, o tema da fraternidade – tão presente na vossa encíclica Fratelli tutti – marcou o nosso Capítulo. A nossa presença na Ásia e na África tem crescido, dando um rosto cada vez mais multicultural à comunidade. Atentos às periferias e aos excluídos, queremos continuar a trabalhar num espírito sinodal, como deve ser “o caminho da Igreja no terceiro milênio”, como o senhor nos recorda. Deste modo, estamos muito abertos ao novo, às novidades do Espírito, enraizados no carisma mariano, profético e pedagógico do nosso Fundador, a partir dos nossos Santuários e a serviço da Igreja. Queremos ser sacerdotes humildes, autênticos e respeitosos… renovamos a nossa vontade de continuar a trabalhar para forjar a imagem da Igreja e da sociedade que o seu magistério nos indica.” (Leia na íntegra)

O Papa falou: “Agradeço ao novo Superior Geral, Padre Alexandre Awi Mello, pelas suas amáveis palavras, bem como pelo seu serviço como secretário no Dicastério dos Leigos, Família e Vida. Foi meu secretário em Aparecida, depois meu guia na visita ao Rio de Janeiro, depois meu secretário causae. Obrigado por sua colaboração durante estes últimos anos em comunhão com o Sucessor de Pedro, em favor de toda a Igreja. Desejo-lhe um ministério frutuoso nesta nova responsabilidade que lhe foi confiada.” (Leia na íntegra)

Ela nos impulsiona a construir pontes

“Fico feliz em poder partilhar com todos a grande alegria do encontro com o Papa Francisco, porque somos Família, nos partilhamos a alegria os presentes de Deus, diz o Pe. Afonso Wosny. Para mim esse encontro foi mais uma oportunidade de ver a vocação dos Padres de Schoenstatt, os trabalhos deste Capítulo Geral e tudo o que temos pela frente, em união com a Igreja e em diálogo com o mundo. O Papa fez uma ligação entre o nosso carisma de Aliança de Amor e as realidades mais difíceis do mundo de hoje, os jovens que sofrem muitas tentações, os casais em crises e os idosos que se sentem sozinhos. Falou da Aliança de Amor como uma realidade que pode nos impulsionar a levarmos a esperança para todas essas realidades do mundo de hoje. Nesse sentido, senti-me mais uma vez enviado, chamado a, na força da Aliança de Amor com a Mãe três vezes admirável de Schoenstatt sair e ir ao encontro dessas pessoas.”

Disse o Papa: “A Bem-aventurada Virgem Maria, venerada com grande amor por cada um dos membros da comunidade Schoenstatt sob o título da ‘Mãe Três Vezes Admirável’, é um modelo basilar para todos, que impulsiona a construir pontes baseadas na caridade fraterna e na comunhão de bens com os mais necessitados, ao mesmo tempo em que nos dá sabedoria e coragem para sair ao encontro daqueles que se afastaram da amizade com o Senhor, para recuperá-los com o testemunho da nova vida em Cristo, que se caracteriza pela misericórdia.”

Sermos portadores da Aliança

Pe. Alexandre Awi Mello narra: “O encontro foi muito importante e as palavras do Papa são muito claras. Eu destaco o serviço às famílias, me parece que é muito claro no nosso carisma, poder servir as famílias, trabalhar com as famílias, num momento em que realmente se necessita tanto. Por outro lado, como ele destacou o tema da Aliança, essa aliança de Deus com os homens e que podemos ser portadores dessa aliança.

Sempre que entro no meu quarto, tenho que me lembrar de vocês

Ele novamente recordou a história da Peregrina. Foi providencial que eu podia dar essa imagem para ele. O previsto era que ele só a abençoasse.[1] Depois, a Ir. M. Nelly Mendes me deu a coroa e me disse: ʽSe o senhor tiver oportunidade, essa coroa pertence àquela imagem.ʼ Tem a foto de quando a gente coroou a Mãe. Ele faz referência a esse dia, em que eu pedi para coroar. Depois, escrevi para ele falando, ʽolha a gente fez o ato, mas, pode tirar, se o senhor preferir que a imagem fique sem a coroa…ʼ Ele falou: ʽA coroa fica ali onde você colocou! A agradece as Irmãs!ʼ Porque eu falei para ele que foram as Irmãs que tinham oferecido a coroa e me pedido para coroar. É a esse gesto que ele se refere quando fala de nossa ʽseitaʼ. Foi uma piada, para se referir ao fato da gente fez o ʽrito completo ʼ ou seja, a imagem com a coroa.

Palavras do Papa Francisco: “Em minha mesa de cabeceira tenho a imagem da Virgem entronizada, que Alexandre fez, e após quinze dias ele trouxe uma coroa para coroá-la. Portanto, tenho toda a sua cerimônia feita, da ‘seita’ de vocês, está lá. (risos) Portanto, sempre que entro em meu quarto, a primeira coisa que vejo é isto e tenho que me lembrar de vocês.”

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Schoenstatt no coração da Igreja

“Essa proximidade com o Papa nos faz muito bem e nos enche o coração”, diz o Pe. Afonso. E continua a dizer que o que o marcou muito também sentir como o Papa conhece e valoriza os Padres e o Movimento de Schoenstatt. “Também foi muito bonito ver alguns Padres de Schoenstatt que levavam para o Santo Padre o Papa alguns símbolos que fazem parte do seu apostolado, ou alguns símbolos que eram importantes pra eles, pessoalmente, para que o Papa os abençoasse ou os visse ou era um presente deles para o Papa. Então na audiência vimos imagens pequenas da Mãe Peregrina, estampa grande da MTA, a cruz da unidade, vários símbolos. Era uma forma de receber a bênção do Papa, a bênção de Deus, e unir à Igreja todo o nosso mundo espiritual, pastoral, comunitário, vocacional etc. Neste sentido, simbolicamente foi também um pouquinho de Schoenstatt no coração da Igreja Universal.”

Uma bênção papal para todo o Movimento

“O Pe. Alexandre nos apresentava ao Papa, conta o Pe. Vandemir. Quando chegou a minha vez, contei rapidamente a ele que em todo o Brasil, aproximadamente, mais de 1 milhão de homens se reúnem semanalmente para rezar o Terço em grupo. Ele se admirou, arregalando os olhos. Eu tinha mas mãos o Manual do Terço dos Homens Mãe e Rainha e a Peregrina do Romeiro. Solicitei, que desse a Benção Papal no Manual, representando os homens do Terço, e pedi a sua bênção também para todo o Movimento de Schoenstatt. Então, deu a bênção. Isso nos mantem em unidade com o Papa, em nosso trabalho com a Igreja. Ele pediu para seguirmos rezando por ele.”

[1] Uma Irmã de Maria havia dado essa Mãe Peregrina para que ele pedisse ao Papa que a abençoasse.

(schoenstatt.org.br)