Testes comprovam que Regeneron pode prevenir infecções da Covid-19. Veja!



 

Um coquetel de anticorpos monoclonais desenvolvido pela fabricante de medicamentos Regeneron ofereceu forte proteção contra a Covid-19, quando administrado a pessoas que vivem com alguém infectado com o coronavírus.

É o que mostram resultados de testes clínicos anunciados nesta segunda-feira. Se autorizado, o medicamento pode oferecer mais uma linha de defesa contra a doença para as pessoas que não estão protegidas pela vacinação.

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As descobertas são as evidências mais recentes de que esses medicamentos feitos em laboratório não apenas previnem os piores resultados da doença quando administrados a tempo, mas ajudam a prevenir que as pessoas adoeçam.

Drogas de anticorpos como o Regeneron podem dar aos médicos uma nova maneira de proteger pessoas de alto risco que não foram inoculadas ou que podem não responder bem à vacinação, como aquelas que tomam drogas que enfraquecem seu sistema imunológico. Essa poderia ser uma ferramenta importante, pois os casos crescentes de coronavírus e variantes perigosas de vírus ameaçam ultrapassar as vacinações.

Em comunicado à imprensa, a Regeneron disse que pediria à Food and Drug Administration (FDA) para expandir a autorização de emergência do medicamento — atualmente para pessoas de alto risco que já têm Covid, mas não estão hospitalizadas — para permitir que seja dado para fins preventivos em “populações apropriadas”.

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— Há um número muito significativo de pessoas nos Estados Unidos e em todo o mundo que poderia ser uma boa opção para receber esses medicamentos para fins preventivos — disse Myron Cohen, pesquisador da Universidade da Carolina do Norte que lidera os esforços de anticorpos monoclonais para a Prevenção de Covid Network. A iniciativa é patrocinada pelo National Institutes of Health que ajudou a supervisionar o estudo.

— Nem todo mundo vai tomar uma vacina, não importa o que façamos, e nem todo mundo vai responder a uma vacina — acrescentou Cohen.

Os novos dados da Regeneron vêm de um ensaio clínico que envolveu mais de 1,5 mil pessoas que viviam na mesma casa de alguém que testou positivo para o vírus em quatro dias. Aqueles que receberam uma injeção do medicamento Regeneron tiveram 81% menos probabilidade de adoecer com Covid em comparação aos voluntários que receberam um placebo.

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Para Rajesh Gandhi, médico infectologista do Massachusetts General Hospital que não participou do estudo, os dados são "promissores" para pessoas que ainda não foram vacinadas. Mas ele disse que o estudo não incluiu o tipo de paciente que seria necessário para avaliar se a droga deveria ser usada preventivamente em pacientes imunocomprometidos:

— Eu diria que ainda não sabemos disso.

O coquetel do Regeneron, uma combinação de duas drogas projetadas para imitar os anticorpos gerados naturalmente quando o sistema imunológico se defende do vírus, teve um impulso publicitário no outono passado, quando foi dado ao presidente Donald J. Trump depois que ele adoeceu com Covid.

O tratamento recebeu autorização de emergência em novembro. Os médicos estão usando, bem como outro coquetel de anticorpos da Eli Lilly, para pacientes Covid de alto risco.

Mas o uso de drogas com anticorpos diminuiu não por falta de doses, e sim por outros desafios, embora o acesso tenha melhorado nos últimos meses. Muitos pacientes não sabem pedir os medicamentos ou onde encontrá-los.

Muitos hospitais e clínicas não priorizaram os tratamentos por serem demorados e difíceis de administrar. Em grande parte, porque devem ser administrados por infusão intravenosa. A Regeneron planeja pedir à FDA que permita que seu medicamento seja ministrado por meio de injeção, conforme ocorreu nos resultados do estudo anunciado nesta segunda-feira, o que permitiria mais rapidez e facilidade.

(iG)



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