Astrônomos encontram três aglomerados globulares no bojo da Via Láctea



Dois astrônomos encontraram três aglomerados globulares no bojo da Via Láctea, uma estrutura central de 10.000 anos-luz de comprimento, que provavelmente surgiu graças a antigas estrelas, gás e poeira.

Os aglomerados globulares são grupos que podem ser compostos por milhões de estrelas, gravitacionalmente vinculados dentro de uma única estrutura a aproximadamente 100 ou 200 anos-luz de comprimento.

Estes aglomerados estão entre os objetos mais antigos que conhecemos no Universo, além disso, são relíquias das primeiras épocas da formação da galáxia.

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"Como as relíquias da formação estelar no Universo, os aglomerados globulares podem fornecer indícios importantes sobre a história da Via Láctea", afirmaram Denilso Camargo, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e Dante Minniti, da Universidade de Andres Bello, no Chile.

Os astrônomos explicaram que o atual bojo avistado é classificado como bojo clássico ou pseudo-bojo. As informações são da Sputnik.

Os bojos clássicos surgem a partir de violentas colisões e fusões entre galáxias ou diminuição do gigante tufo de gás e hospeda a mais antiga propulsão estelar com uma estrutura esférica.

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Já os pseudo-bojos podem surgir em períodos mais longos por meio de processos internos como as instabilidades do disco e evolução secular, segundo o portal SCI News.Esses aglomerados podem permitir a reconstituição dos processos físicos presenciados pela Via Láctea a partir da sua origem até os dias atuais.

Os novos aglomerados globulares receberam os nomes de Camargo 1107, 1108 e 1109 e estão localizados a uma distância aproximada de 10.800 a 14.000 anos-luz do Sol.

De acordo com os astrônomos, os aglomerados são antigos e extremamente pobres em "metal" (elemento mais pesado do que o hélio), com uma idade de aproximadamente 12 ou 13,5 bilhões de anos.

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O Camargo 1107, 1108 e 1109 pode ser o resto de uma classe primordial de aglomerados globulares que foram destruídos principalmente devido aos processos dinâmicos e são as superfícies da área das antigas estrelas que habitam o bojo da Via Láctea e o halo central, afirma os astrônomos, ressaltando que supostamente há uma fração significante de aglomerados globulares que foram formados após o Big Bang, no processo de reionização.



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