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A razão da iluminação

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ColunistaMarco Anconi

Há um instante, um brevíssimo lampejo de tempo, que o intelecto, a religião e a filosofia desconhecem. É o átimo que viveram Sidarta Gautama, Francisco de Assis, Chico Xavier, Sathia Sai Baba, Sananda. Este hórus, que revela o não tempo e o não espaço, que desvela o continuum, é conhecido como iluminação.

Temos em mente que a iluminação é um estado de transe, de desligamento contínuo, algo que nos arrebata e nos enleva. Há relatos de que alguns experimentam longos períodos de transe, mas, certamente, para se alcançar a iluminação, basta uma breve fatia de tempo. O contato com o continuum é, em si, algo único e definitivo.

Quando nos desvencilhamos das amarras da dualidade (terceira e quarta dimensões), percebemos que o que aqui vivemos é um sonho, um sonho necessário e desejado, pois, propositadamente, planejamos cada um dos instantes aqui vividos.

Mas qual o sentido de tudo isso? Porque quereríamos passar por vidas e vidas consecutivas em um plano que mais nos desgasta do que constrói? Qual a razão de, voluntariamente, nos projetarmos na roda da encarnação (roda de sansara dos indianos)?

A resposta vem precedida de outra pergunta: O que levamos quando desencarnamos? Você intempestivamente me responderia: NADA! Mas eu esmiúço os pertences a que estamos apegados: Levamos nossa casa? Nosso carro? Nosso dinheiro suado? Nossos parentes? Nossos diplomas e cargos? Você novamente responderia: NÃO!

Mas ainda assim o seu NADA e o seu NÃO foram intempestivos e irrefletidos. Algo levamos, e é justamente o que menos prezamos em nossas existências, levamos as sensações, as emoções e os sentimentos. Em suma, levamos toda a experiência emocional aqui vivida!

Somos Espíritos experimentando a matéria. Somos Seres perfeitos, creados à imagem e semelhança da Supra Inteligência que não tem Começo e nem Fim, o Alfa e o Ômega. Enquanto Espíritos não temos forma, somos puro pensamento, energia inteligente e conhecedora de tudo que há em todos os universos, planos e dimensões, porém somente somos sabedores de tudo em teoria, sem experiência.

Assim, quando optamos por vivenciar este plano dimensional, onde o tempo e o espaço produzem a dualidade, o fazemos em busca da vivência, da experimentação de todos os saberes oriundos da creação. Por isso estas encarnações sucessivas são tão importantes. Por isso deixamos o viver em plenitude e nos aventuramos na densidade travante, nestas gaiolas de carne, a fim de por em prática alguns, senão muitos, dos conhecimentos teóricos herdados do Inominável Supremo.

Muito ouvimos falar da ascensão, do salto quântico, da migração para a quinta dimensão. De tanto ouvir, passamos a considerar degradante continuar na roda da encarnação. Mais uma vez damos ouvidos ao EGO e aos EGOS que nos rodeiam e deixamos de escutar o que nos fala nosso Espírito. Deixamos de ouvir nossos corações e ficamos atentos aos dizeres dos demais encarnados que, como é de se esperar, pois estão submetidos aos ditames da carne e da dualidade, expressam seu legítimo e ardente desejo de ser MAIS UM a ascender ao próximo passo evolutivo, mesmo que o seu Espírito ainda planeje novas e incontáveis encarnações.

Há que se ouvir o que vem de dentro (esotérico) e deixar passar o que vem de fora (exotérico), sob pena de voltar a fazer parte do imenso rebanho dos desesperados que vagam pelas religiões e filosofias, dando ouvidos a outros mais desesperados ainda que, de tanto apego ao EGO, se intitulam porta-vozes do PAI.

Dia virá em que nós, Espíritos, desejaremos ascender aos planos evolutivos menos densos. E neste dia, espontaneamente, num lampejo, num claro de iluminação, adentraremos na quinta, na sexta, na sétima, na...

 

Seja feliz e encontre-se.
Ame-se e evolua.

Marco Anconi

 

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