No celeiro do mundo, pobres catam comida no lixo



Em Rondônia, que prepara mais uma edição do Rondônia Rural Show Internacional, festa maior do agronegócio do estado, com a participação de delegações estrangeiras conhecendo nossa capacidade e diversidade de produção de alimentos, comprando e fechando negócios, levando pra suas casas nossa carne, nosso peixe, nossa soja, nosso café e nosso cacau, todos de primeira linhagem, temos rondonienses catando comida nas lixeiras das cidades. Guajará-Mirim é um exemplo que vem indignando a sociedade.

Em Rondônia, orgulhosa de enviar pela hidrovia do Rio Madeira, comboios intermináveis de balsas cheias de grãos e outros produtos para os portos do Amazonas, e de lá, para o mundo, se registra considerável contingente dos seus menos de 2 milhões de habitantes, vivendo a pobreza de ter que comer nos restaurantes populares, com pratos ao custo de R$ 2,00 por não terem condições de comprar um marmitex, em torno de R$ 12,00.

Nesta mesma Rondônia, que vive o advento de vir a ser uma importante estação de embarque de alimentos para a nova e anunciada ‘Rota da Seda’ chinesa, com a construção de uma ferrovia de 4.400 kms entre o Rio de Janeiro e os portos marítimos do Pacífico, no Peru, passando por Porto Velho e o Rio Branco, no Acre, construída e financiado pela China, para levar comida pros seus filhos, tenhamos a maioria dos nosso trabalhadores, principalmente os que ganham até cinco salários mínimos, olhando para os açougues como se fossem uma miragem, um sonho inatingível.

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Parece evidente que algo precisa ser feito para corrigir estas distorções. Nossas autoridades, ufanistas com as nossas riquezas indo matar a fome de milhões mundo a fora, precisam encontrar instrumentos que garanta, em primeiro lugar, o abastecimento interno, garantindo o acesso de toda a nação rondoniense aos bens que produzem.

Então, após isso, que se venda o excedente para quem pagar mais, em qualquer parte do planeta.

É isso que se chama justiça social. Tirar as pessoas da indignidade de revirar lixeira para comer, ou da humilhação das filas por um prato de comida a R$ 2,00 e ainda ter que pagar, com o título de eleitor, a esmola recebida.

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É do que trata o ‘Língua de Fogo’ de hoje. Veja mais, em pequenos vídeos, sobre os fatos acima.

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Fonte: noticiastudoaqui.com



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