Condenação abala cenário político de Rondônia; processo tramitou sob sigilo para preservar vítima de 11 anos
Porto Velho (RO) – A Justiça de Rondônia condenou, nesta terça-feira (20), o ex-prefeito de Porto Velho e ex-deputado federal Carlinhos Camurça a 20 anos de prisão em regime fechado por estupro de vulnerável. A sentença representa uma reviravolta dramática na carreira política do ex-parlamentar, que já ocupou importantes cargos no cenário estadual e nacional.
De acordo com o Ministério Público, autor da denúncia, Camurça foi responsabilizado por abusar sexualmente de uma criança de 11 anos, em diversas ocasiões, o que causou danos físicos e psicológicos à vítima. O caso correu em segredo de justiça, medida adotada para preservar a identidade e integridade da vítima, conforme prevê a legislação.
Apesar da condenação, a decisão ainda cabe recurso e a defesa do ex-prefeito já indicou que deverá recorrer às instâncias superiores.
A sentença representa um dos episódios mais graves envolvendo uma figura pública rondoniense, gerando repercussão em toda a sociedade local. Carlinhos Camurça, que esteve à frente da Prefeitura de Porto Velho e também representou o estado na Câmara dos Deputados, vinha mantendo-se distante da política desde o fim de seu mandato.
A gravidade do caso reacende o debate sobre a responsabilização de agentes públicos e a necessidade de rigor no combate à violência sexual contra crianças e adolescentes.
Entidades de defesa dos direitos da criança e do adolescente manifestaram apoio à condução do processo e reforçaram o papel do Judiciário em assegurar justiça às vítimas de violência.
Até o momento, o ex-prefeito segue preso, e aguarda os desdobramentos jurídicos do caso. A defesa não comentou o mérito da condenação, limitando-se a afirmar que irá buscar a revisão da pena.
A população de Porto Velho e de todo o estado acompanha com atenção os desdobramentos de um caso que impacta profundamente o histórico político de Rondônia e destaca a importância da denúncia, investigação e responsabilização em crimes dessa natureza.
Fonte: noticiastudoaqui.com