
Editora FTD desconhece descarte e repudia desperdício de material novo; Seduc afirma que livros seriam de “divulgação”
Redação, Porto Velho, RO, 28 de julho de 2025 - Um grave caso de descarte indevido de material didático está gerando polêmica e indignação em Porto Velho. Dezenas de livros didáticos lacrados e inéditos, destinados ao ensino médio, foram encontrados jogados em uma lixeira na comunidade Terra Santa, nas proximidades da estrada da Penal, região próxima aos presídios da capital.
O material, identificado como pertencente à Editora FTD Educação, fazia parte da coleção 360º Área de Conhecimento: Linguagens e Suas Tecnologias 1, e seria utilizado, segundo as informações, no ciclo letivo de 2026 a 2029.
Moradores da região, surpresos com a quantidade de caixas descartadas, compartilharam imagens em grupos de WhatsApp e redes sociais no último fim de semana. A repercussão foi imediata, mas não há testemunhas sobre quem realizou o descarte, que permanece envolto em mistério.
Seduc minimiza caso e fala em material de “divulgação”
Procurada para esclarecimentos, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informou, por meio de sua assessoria de comunicação, que os livros possivelmente se tratam de materiais de amostra ou divulgação. A nota ainda afirma que a editora teria encerrado suas atividades e descartado os materiais.
No entanto, a justificativa da Seduc entrou em contradição com a própria editora.
FTD repudia descarte e diz desconhecer caso
A Editora FTD Educação, que pertence à Associação Brasileira de Educação e Cultura (ABEC), negou qualquer conhecimento sobre o descarte dos livros e refutou a informação de que teria encerrado suas atividades. Em contato com a central de atendimento (0800-940-7001), uma atendente afirmou:
“Nossa empresa preza pela qualidade, transparência e defendemos os valores da Educação. Não há qualquer registro de encerramento das nossas operações e não reconhecemos essa ação como prática da editora.”
Mistério e indignação
O episódio tem gerado críticas por parte de educadores e sociedade civil, que apontam para o desperdício de recursos públicos ou privados, além do desrespeito ao valor do conhecimento e da educação. Muitos questionam por que materiais novos e atualizados foram descartados em vez de redistribuídos a escolas, bibliotecas ou projetos sociais.
A origem do descarte ainda está sendo investigada, e entidades de controle social já cobram posicionamento mais claro por parte da Seduc.
Fonte: noticiastudoaqui.com