
Redação, Porto Velho, RO – 21 de agosto de 2025 - A empresa Amazon Fort, voltou ao centro das atenções em Rondônia após uma manobra para assumir, em caráter emergencial, o serviço de coleta de resíduos sólidos em Porto Velho. O caso gerou forte reação política e levantou dúvidas sobre a lisura nos processos que envolvem a limpeza urbana da capital.
No mesmo dia em que a Polícia Civil de Florianópolis concluiu inquérito indiciando os empresários Carlos Antônio de Souza e Yuri Vieira de Souza — sócios da Amazon Fort — por corrupção ativa, fraude em licitações e pagamento de propina a ex-secretários municipais, o Tribunal de Contas de Rondônia (TCE-RO) recomenda à Prefeitura da capital firmar contrato emergencial com a empresa.
Manobra em Rondônia
Enquanto o escândalo repercutia no Sul do país, em Rondônia, a Câmara Municipal de Porto Velho rejeitou a tentativa de incluir a Amazon Fort como responsável pela coleta de lixo da capital. A decisão foi vista como um freio a um possível favorecimento irregular.
Entretanto, o TCE-RO recomenda que a Prefeitura assine o contrato emergencial com a empresa, até uma decisão definitiva da justiça, sob o argumento de que o município não poderia paralisar o serviço essencial de limpeza urbana.
Repercussão política
Vereadores de oposição alertaram para o risco de Porto Velho firmar contrato com uma empresa investigada por corrupção em outro estado.
“A cidade não pode ser refém de uma empresa acusada de fraudar licitações. Precisamos de transparência e de soluções que respeitem a lei e o interesse público”, declarou um parlamentar durante sessão da Câmara.
A Prefeitura, por sua vez, ainda não se manifestou oficialmente sobre a possibilidade de firmar contrato emergencial com a Amazon Fort.
Impactos para a capital
O imbróglio ocorre em um momento crítico para a gestão de resíduos em Porto Velho, que enfrenta reclamações constantes da população quanto à coleta de lixo, acúmulo em bairros periféricos e falhas na limpeza urbana.
A indefinição sobre o contrato amplia a pressão por soluções rápidas, mas também coloca em xeque a transparência do processo.
Especialistas em gestão pública alertam que a contratação emergencial deve ser exceção e não para favorecer empresas.
Fonte: noticiastudoaqui.com