
Em menos de um mês, o preço da gasolina em Porto Velho despontou de forma abrupta, causando indignação entre motoristas e consumidores. O litro do combustível vem sendo vendido entre R$ 6,90 e R$ 7,00, com registros de até R$ 6,98 em postos da área central, nesta segunda-feira (16).
Até então, o valor médio cobrado girava em torno de R$ 5,98, o que revela um aumento superior a 15% em poucas semanas. O que chama atenção é que a Petrobras não promoveu nenhum reajuste desde 3 de junho de 2025, o que intensifica os questionamentos sobre a justificativa da alta nos preços.
A situação se agrava com o aumento também do etanol em agosto e a futura elevação da alíquota do ICMS sobre combustíveis, prevista para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026, conforme ato do Confaz — o que sugere novos aumentos ainda neste ano.
Causas e impactos
- A ausência de explicações oficiais sobre a disparada nos preços deixa os consumidores apreensivos. A alta repentina contrasta com a estabilidade observada nos níveis praticados pela distribuidora estatal.
- Em janeiro, o Ministério Público de Rondônia já alertava para reajustes abusivos em combustíveis no estado. A promotora Daniela Nicolai Lima ressaltou que aumentos superiores a 20% sobre o lucro líquido da compra podem ser investigados como crime contra a economia popular.
- Rondônia atualmente ocupa a segunda posição no ranking de estados com a gasolina mais cara do país, com média de R$ 7,16 por litro e pico registrado em R$ 7,89, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Porto Velho apresentou alguns dos preços mais elevados no estado.
Consequências para o consumidor
O aumento abrupto do custo do combustível provoca efeitos diretos no orçamento, especialmente para quem depende de transporte individual ou de serviços de aplicativo. As famílias, comerciantes e transportadores já sentem o impacto nos gastos com deslocamento, e a perspectiva de nova alta de ICMS em janeiro só amplia a apreensão.