
Nas ruas de Porto Velho, a chuva intensa que caiu na madrugada de domingo (23) e seguiu até a manhã seguinte voltou a transformar vias em verdadeiros rios, e deixar moradores ilhados.
Com mais de 100 mm de precipitação acumulada em alguns pontos, o temporal causou alagamentos generalizados, invadiu casas e acumulou prejuízos; vídeos e fotos compartilhados mostram veículos parados, casas com água até a cintura e pessoas improvisando caiaque ou usando baldes para drenar a água de dentro dos imóveis.
Onde foi mais grave — Bairros da Zona Leste no centro das reclamações
Os bairros mais afetados foram os da zona Leste de Porto Velho — especialmente Ulisses Guimarães, Lagoinha, Lagoa e Mariana. Segundo relatos, em poucos minutos, as ruas se transformaram em canais de água, tornando impossível o tráfego de veículos ou mesmo a circulação de pedestres. Casas foram invadidas, móveis e eletrodomésticos foram danificados, e muitas famílias tentam contabilizar os prejuízos.
Moradores improvisaram barreiras nas portas, usaram rodos e baldes para tentar conter a enxurrada, enquanto outros registravam tudo com celulares. Vídeos nas redes mostram a longa extensão de vias alagadas e a insatisfação de quem se sentiu abandonado pelas autoridades após promessas de melhorias na drenagem.
Caiaques foram usados para ajudar e socorrer
Falhas na drenagem e críticas às autoridades
O alagamento expõe a recorrência de problemas estruturais em Porto Velho: sistemas de drenagem insuficientes, bueiros entupidos e obras de infraestrutura que, segundo moradores, têm falhado repetidamente. A chuva do fim de semana contradisse as recentes promessas de projetos que reduziriam as inundações.
Em meio a isso, cresce o sentimento de abandono entre os residentes, já acostumados a conviver com enchentes sazonais — especialmente na zona Leste da cidade. Muitos afirmam que “nada mudou” e reclamam da falta de respostas estruturais e preventivas por parte do poder público.
Contexto: chuvas constantes e alertas meteorológicos
Segundo veículos de imprensa locais, a chuva que atingiu Porto Velho vinha associada a um sistema de instabilidade que afetou também outras partes de Rondônia — o que motivou alertas do INMET para risco de chuvas intensas, ventos fortes e alagamentos.
Embora não haja dados públicos consolidados sobre o volume total de chuva das últimas 24 horas, moradores estimam que o acumulado passou dos 100 mm em várias regiões, o que, somado à drenagem ineficiente, agrava o impacto das inundações.
Veja os registros dos moradores
Vídeo: chuva deixa mais uma vez bairros completamente alagados em Porto Velho
No vídeo acima, é possível ver ruas completamente submersas, impossibilitando a passagem de carros — e, em muitos casos, de pedestres. As imagens mostram a gravidade da situação e dão voz aos moradores que vivem o drama das enchentes.
Importância de soluções estruturais urgentes e participação cidadã
A nova onda de alagamentos evidencia que Porto Velho precisa mais do que limpezas pontuais ou promessas de reparo: é necessária uma revitalização profunda da drenagem urbana, com manutenção regular, limpeza de bueiros, desobstrução de canais e sistemas eficazes de escoamento. Somente assim será possível minimizar os impactos das chuvas — cada vez mais intensas e frequentes — sobre as áreas vulneráveis da cidade.
Por outro lado, autoridades e cidadãos devem atuar juntos: evitar descartar lixo em vias pluviais, manter limpos bueiros e canais de drenagem, acionar as autoridades ao primeiro sinal de enchente e exigir ações concretas.
Para os moradores, a chuva trouxe não apenas água, mas também o alerta de que, se nada for feito, o ciclo de prejuízos pode se repetir a cada temporal.
Fonte: noticiastudoaqui.com