
O corpo do ator Francisco Cuoco, que morreu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, está sendo velado nesta sexta (20), no Funeral Home, no bairro Bela Vista, região Central de São Paulo. Familiares, fãs e amigos participam da cerimônia, que deve ficar aberta ao público até as 15h. Já o enterro será às 16h, fechado para familiares e amigos.
Durante as primeiras horas da manhã desta sexta, netos do artista enviaram uma coroa de flores ao velório com uma mensagem que dizia: “Seu amor permanece vivo em cada um de nós”. Diogo e Rodrigo Cuoco, filhos do artista, compareceram ao velório durante a manhã.
Nascido em 29 de novembro de 1933, em São Paulo, Cuoco iniciou sua trajetória artística no teatro, ainda na década de 50, destacando-se por sua presença de palco e versatilidade. Filho do feirante italiano Leopoldo Cuoco, Francisco cresceu no bairro do Brás e, nos anos 50, entrou para a Escola de Arte Dramática (EAD) depois de fazer muitos planos para estudar Direito.
Seu primeiro protagonista no teatro foi com o personagem Werneck, de O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, em 1961, com direção de Fernando Torres. Mas antes ele havia participado, em 1958, ao lado de Fernanda Montenegro e Sérgio Britto, da peça A Muito Curiosa História da Virtuosa Matrona de Éfeso, em um papel sem falas.
Sua transição para a televisão aconteceu no início dos anos 60, quando a TV ainda dava seus primeiros passos no Brasil, tornando-se um dos pioneiros e mais influentes atores da sua geração.
A estreia em telenovelas foi em 1964, na TV Record, em Renúncia, escrita por Walter Negrão, que Cuoco estrelou ao lado da atriz Irina Grecco. Já seu primeiro par romântico foi formado com a atriz Regina Duarte no folhetim Legião dos Esquecidos, de 1968, na TV Excelsior. A dupla voltaria a ser um casal em Selva de Pedra (1972), já na Globo – onde seu primeiro papel foi na novela Assim na Terra Como no Céu, em 1970.
Galã indiscutível da televisão e astro soberano das novelas entre as décadas de 60 e 90, Cuoco era celebrado por seu charme, carisma e voz grave. Suas atuações marcarem época em produções como Pecado Capital (1975), O Astro (1977) – na qual ele interpretava o inesquecível charlatão Herculano Quintanilha – e O Outro (1987).