Em 2025, o escritor e diplomata Cássio Haddames, autor de apenas três livros, avesso a eventos literários e notório recluso, se torna o primeiro brasileiro a ganhar o Nobel de Literatura.
Esta história foi publicada em 2018, mas como obra de ficção. No mundo real, nem Haddames existe e nada indica que o Brasil terá, enfim, um ganhador desse importantíssimo prêmio neste ano. Este enredo foi criado pelo escritor e diplomata Mauricio Lyrio. O livro se chama O Imortal.
O Brasil já teve pelo menos 13 vezes nomes cotados para o Prêmio Nobel de Literatura, mas nunca nenhum deles venceu. De 1967 a 1971, todos os anos o best-seller baiano Jorge Amado (1912-2001) figurava entre os cotados.
Jamais ganhou o prêmio. Respectivamente, perdeu para o guatemalteco Miguel Ángel Asturias (1899-1974), o japonês Yasunari Kawabata (1899-1972), o irlandês Samuel Beckett (1906-1989), o russo Alexandre Soljenítsin (1918-2008) e o chileno Pablo Neruda (1904-1973).
Esse período foi notável. Também em 1967 o poeta Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) foi indicado e o escritor Guimarães Rosa (1908-1967) estava cotado — morreu um pouco antes do anúncio do prêmio. No ano seguinte, Érico Veríssimo (1905-1975) esteve entre os indicados. Clarice Lispector (1920-1977) foi cotada em 1971.
Em 1933, o escritor, político e professor Henrique Coelho Netto (1864-1934) perdeu a láurea para o russo Ivan Bunin (1870-1953).
O arquiteto, escritor, pintor e músico Flávio de Carvalho (1899-1973) foi indicado em 1939, quando o prêmio acabou com o finlandês Frans Sillanpää (1888-1964)
Em 1941, quando o prêmio não foi atribuído, houve a candidatura de um obscuro Manoel Cyrillo Wanderley, para muitos pseudônimo do poeta Manuel Bandeira (1886-1968).
Jorge de Lima (1893-1953) era cotado, mas dadas as pendências da Academia Sueca, só poderia ser indicado em 1958. Como acabou morrendo cinco anos antes e a instituição não concede prêmios póstumos, perdeu a chance.
Alceu de Amoroso Lima (1893-1983), o poeta e professor, foi indicado em 1965 — quem ganhou foi o russo Mikhail Sholokhov (1905-1984).
O processo para chegar aos ganhadores do Nobel tem início por meio da distribuição de formulários pelo comitê para acadêmicos proeminentes de diferentes áreas. Essas personalidades têm quatro meses para enviar de volta o formulário com suas indicações.
Assim, o comitê do Nobel seleciona cerca de trezentos potenciais candidatos desses formulários e alguns nomes adicionais, que não são revelados publicamente, em todas as categorias: Física, Química, Fisiologia ou Medicina, Literatura e Paz.
De acordo com suas regras, a organização do prêmio só revela os cotados 50 anos depois da edição. Assim, não se sabe oficialmente quantos ou quais brasileiros foram cogitados de 1975 em diante.
(69)3901-3176
(69) 3901-3167
(69) 3214-4647
(69) 3224-6380
(69)3901-3176