CASTIGO A GALOPE - Deputada dos EUA pede que Trump sancione Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky

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Redação, 11 de julho de 2025 - A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta semana. A deputada norte-americana María Elvira Salazar (Partido Republicano - Flórida) pediu formalmente ao presidente Donald Trump que aplique sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, utilizando os mecanismos previstos na Lei Global Magnitsky, legislação que permite ao governo dos EUA punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos.

Em pronunciamento divulgado na quarta-feira (9), Salazar classificou Moraes como um “radical autoritário” e uma “ameaça à liberdade de expressão e à democracia no Brasil”. Segundo a parlamentar, o ministro tem promovido uma perseguição política a opositores do governo e a vozes conservadoras, violando liberdades civis e o devido processo legal.

“Moraes tem atacado sistematicamente jornalistas, líderes religiosos e parlamentares de oposição. Isso não pode ser ignorado pelos Estados Unidos, que têm o dever de apoiar os valores democráticos em qualquer parte do mundo”, declarou.

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O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Global Magnitsky autoriza o Executivo dos EUA a impor sanções econômicas, congelamento de bens e restrições de visto a indivíduos estrangeiros considerados responsáveis por abusos graves de direitos humanos ou corrupção. Criada inicialmente para punir autoridades russas envolvidas na morte do advogado Sergei Magnitsky, a lei foi expandida para alcançar casos em qualquer parte do mundo.

Se Trump atender ao pedido, Moraes poderia ser alvo de congelamento de bens em território norte-americano, proibição de entrada nos EUA e outras medidas restritivas.

Contexto político e repercussão

A solicitação de Salazar surge no mesmo momento em que o governo Trump impôs uma tarifa de 50% sobre as importações brasileiras, movimento que vem sendo interpretado como um recado político ao governo Lula e ao Judiciário brasileiro. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), inclusive, apelidou a medida de “Tarifa Moraes”, responsabilizando o ministro pela deterioração da imagem do Brasil junto aos EUA.

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A fala da deputada foi celebrada por parlamentares da oposição brasileira, que vêm denunciando, em fóruns internacionais, o que consideram abusos de poder por parte do STF. Nas redes sociais, Salazar reforçou seu apoio a “vozes brasileiras silenciadas pela censura judicial”.

Em Brasília, o governo federal ainda não comentou oficialmente o pedido de sanção. Integrantes do STF também não se manifestaram até o momento, embora nos bastidores a atitude da deputada seja considerada uma afronta à soberania do país e uma interferência indevida em assuntos internos.

Riscos diplomáticos

Especialistas em relações internacionais alertam que o pedido de Salazar, embora simbólico por ora, pode aumentar a pressão sobre o Brasil em ambientes multilaterais, especialmente se houver adesão de outros congressistas ou países. Ainda não está claro se Trump, conhecido por seu pragmatismo diplomático, acatará a solicitação.

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Caso avance, seria a primeira vez que um membro do STF brasileiro seria alvo de sanções com base na Lei Magnitsky — o que abriria um precedente sem paralelos na relação bilateral entre os países.

Cenário em ebulição

O pedido de María Elvira Salazar ocorre em um momento particularmente tenso entre Brasil e EUA, com trocas de farpas públicas, tensões comerciais e críticas cruzadas. A movimentação também mostra como o Judiciário brasileiro passou a ocupar o centro das atenções da política externa norte-americana, algo raro na história das relações diplomáticas entre os dois países.

A tendência é que o tema ganhe força nas próximas semanas, à medida que Trump consolida sua nova gestão e aumenta seu alinhamento com líderes da direita conservadora internacional.

Fonte: noticiastudoaqui.com


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