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PERDIDO, GOVERNO LULA AFUNDA - Na 'Guerra Comercial', Brasil teme sobretaxa dos EUA enquanto Trump mantém silêncio sobre negociações


Redação, Brasília, 23 de julho de 2025 – Faltando apenas nove dias para o prazo final estipulado pelos Estados Unidos para a implementação de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um impasse diplomático. O canal formal de diálogo com a administração norte-americana permanece fechado, e o silêncio de Donald Trump acende o sinal de alerta em Brasília.

De acordo com fontes do Palácio do Planalto, Washington sinalizou que qualquer avanço nas negociações depende de uma autorização direta de Trump para a abertura oficial de tratativas. Até o momento, no entanto, a Casa Branca não respondeu às iniciativas brasileiras, criando um clima de incerteza às vésperas da possível imposição das tarifas, previstas para entrar em vigor no próximo dia 1º de agosto.

Temor de retaliação sem tempo hábil de reação

Sem um canal direto, cresce a preocupação entre autoridades brasileiras de que o país não terá tempo hábil para reverter a medida. “A situação está nas mãos do presidente Trump. Sem autorização dele, não conseguimos avançar”, afirmou interlocutor do governo brasileiro sob condição de anonimato.

O temor é que, além dos impactos econômicos — especialmente sobre setores do agronegócio e da indústria de base —, a medida possa acirrar tensões diplomáticas e desestabilizar as relações comerciais entre os dois países em um momento de transição geopolítica global.

Diplomacia informal e pressão nos bastidores

Diante do bloqueio nos canais oficiais, o governo brasileiro tem recorrido a estratégias alternativas. Autoridades de Brasília intensificaram os contatos extraoficiais com representantes norte-americanos, buscando apoio dentro do Congresso dos EUA, em gabinetes de influência e até mesmo junto a empresas afetadas pela medida.

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No entanto, ministros relatam dificuldades até mesmo para estabelecer comunicações com seus homólogos nos Estados Unidos. A estratégia, agora, é tentar sensibilizar interlocutores próximos a Trump — especialmente figuras do Partido Republicano e representantes da indústria norte-americana — para os impactos negativos da medida também sobre consumidores e empresas dos EUA.

Disputa política em pano de fundo

A imposição das tarifas foi anunciada por Trump no contexto de sua nova campanha presidencial, com um discurso agressivo em defesa da “indústria americana” e contra o que chama de "concorrência desleal estrangeira". Para analistas, o endurecimento nas relações com o Brasil faz parte de uma estratégia eleitoral que visa mobilizar sua base com promessas protecionistas.

“Trump sabe que o discurso de proteção da indústria nacional rende apoio político. O problema é que isso compromete relações estratégicas, como com o Brasil, um dos principais parceiros comerciais dos EUA na América Latina”, avalia a cientista política Carolina Rocha, da Fundação Getulio Vargas.

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Risco para o agronegócio e exportações

A sobretaxa de 50% incide sobre uma cesta de produtos estratégicos para o Brasil, como aço, alumínio, carne bovina e derivados agrícolas. Segundo estimativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o impacto da medida pode representar perdas bilionárias para exportadores brasileiros e enfraquecer a balança comercial.

O setor agroexportador já pressiona o governo por uma resposta mais contundente. “Precisamos de segurança para continuar operando e honrando compromissos internacionais. A incerteza atrapalha investimentos e prejudica o produtor rural”, afirmou em nota a Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (Abiec).

Cenário ainda indefinido

Com o relógio correndo e nenhuma resposta vinda da Casa Branca, a diplomacia brasileira avalia os próximos passos com cautela. A expectativa é de que, caso não haja avanço nos próximos dias, o governo Lula leve o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC), o que pode abrir uma disputa legal de longo prazo — e aprofundar o racha entre Brasília e Washington.

Enquanto isso, o silêncio de Trump ecoa em meio ao receio de uma nova escalada da guerra comercial.

Fonte: noticiastudoaqui.com


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