
A comitiva de senadores que começa a embarcar nesta sexta-feira (25) a Washington, capital dos Estados Unidos, preparou um "arsenal" de dados e argumentos para a missão — que inclui até resposta à crítica do país norte-americano sobre pirataria na Rua 25 de Março, tradicional centro de comércio popular de São Paulo.
Os técnicos que prepararam o material elencaram impactos que as tarifas levariam à economia brasileira, mas especialmente à norte-americana. Há um detalhamento sobre estados e setores produtivos dos Estados Unidos mais sensíveis à taxa, que são considerados focos da missão.
Segundo o detalhamento, os principais destinos das exportações brasileiras nos EUA são Califórnia, Texas e Flórida: em 2024, quase metade das exportações foi absorvida por esses três. Enquanto os dois primeiros estados compram especialmente produtos da cadeia de petróleo, o terceiro, aeronaves e suas partes.
Com relação aos setores mais atingidos, o “arsenal” menciona, por exemplo, o suco de laranja e o café. No caso do primeiro, o detalhamento mostra que os EUA importam 90% do que consomem e, desse total, 80% vêm do Brasil. Em paralelo, a produção doméstica da Flórida foi afetada negativamente pela doença de greening.
São listados ainda no ao menos sete argumentos a serem utilizados para rebater a investigação do USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA) contra supostas “práticas desleais" do Brasil e as consequentes tarifas ameaçadas por Trump.