VAI TER QUE PAGAR - Convocação de irmão de Lula é protocolada na CPMI do INSS após abertura de mais de 200 requerimentos

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Redação, Brasília, 22 de agosto de 2025 - A recém-instalada CPMI do INSS iniciou seus trabalhos com intensidade e foco: em poucas horas, foram protocolados 213 requerimentos, em sua maioria apresentados pelo senador Izalci Lucas (PL-DF), que solicitam convocações e quebras de sigilos envolvendo figuras centrais no escândalo do INSS, como José Ferreira da Silva ("Frei Chico"), irmão do presidente Lula, o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi, e o lobista conhecido como “Careca do INSS”.

Quem é Frei Chico e qual o seu papel na investigação?

José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, exerce desde 2023 a vice-presidência do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi-FS), que está sob investigação da Polícia Federal por suspeitas de aplicação de descontos irregulares em contracheques de aposentados.

Em abril, o Sindnapi foi alvo de buscas e apreensões por parte da PF, e documentos da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam para um crescimento abrupto no número de filiações. Há ainda indícios de conflito de interesses: familiares da direção do sindicato mantinham uma empresa que faturou R$ 4,1 milhões em comissões relacionadas aos descontos aplicados, conforme notas fiscais obtidas pela imprensa.

Estratégia da oposição e reação da CPMI

A convocação de Frei Chico faz parte da estratégia da oposição para gerar desgaste político ao governo de Lula. Já na sessão de instalação, senadores como Cleitinho (Republicanos-MG) discursaram com objetivo claro de provocar o depoimento do irmão do presidente.

Apesar disso, o presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), sinalizou cautela: preferirá aguardar o avanço das investigações antes de convocar Frei Chico, para evitar politização precoce dos trabalhos.

Além de Frei Chico, a CPMI pretende ouvir também ex-ministros da Previdência e ex-presidentes do INSS, conforme agenda de depoimentos e votação de requerimentos que começam já na próxima semana.

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Em foco: o escândalo da "Farra do INSS"

A CPMI foi criada para investigar o amplo esquema de fraudes no INSS, conhecido como “Farra do INSS” ou “Aposentão”. Esse esquema envolveu descontos indevidos nas aposentadorias e pensões de beneficiários, com prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, sendo 64% desse valor concentrado em 2023 e 2024, durante o atual governo.

A investigação se aprofundou após a Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025, que cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e seis prisões em 13 estados, resultando na apreensão de bens de luxo, dinheiro e documentos que indicam divisão de propinas.

O panorama político e institucional

Até o momento, a CPMI já soma entre 200 e quase 500 requerimentos, conforme fontes diferentes. Esse ritmo intenso reflete a gravidade do caso e o alto grau de atenção política envolvida.

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Enquanto o presidente da comissão quer avançar com seriedade e evitar tumultos, os opositores veem na oitiva de figuras próximas a Lula uma oportunidade de expor fragilidades do Planalto.

Conclusão

A CPMI do INSS já entra em cena com força e tensões políticas acentuadas. A convocação examina temas sensíveis e busca responsabilização por suspeitas de fraudes que atingem diretamente aposentados e pensionistas. Frei Chico, como vice-presidente de entidade investigada e irmão do presidente, passa a simbolizar os conflitos que se entrelaçam entre relações familiares, vínculos sindicais e responsabilidades públicas. O desenvolvimento dos trabalhos e os desdobramentos políticos ainda prometem ser intensos nas próximas semanas.


Fonte: noticiastudoaqui.com


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