Argentina só deve deixar Embaixada do Brasil após indicação do país responderá pelos interesses do povo argentino



Policiais e viaturas estão em frente à embaixada argentina em Caracas desde a noite de sexta

 

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro somente deixará de custodiar as sedes diplomáticas da Argentina na Venezuela quando o governo de Nicolás Maduro designar um país substituto para representar as necessidades dos argentinos em Caracas.

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Fontes do Itamaraty afirmam que o Brasil continuará representando os interesses da Argentina e que se a Venezuela quiser revogar a autorização, terá que esperar a definição de um país substituto. Enquanto isso, o Brasil continuará assumindo essa responsabilidade.

A posição da diplomacia brasileira é que o fim da autorização não pode ser unilateral e que não pode haver um vácuo na representação das missões diplomáticas da Argentina na Venezuela. E que apesar das fricções, a chancelaria argentina e o governo chavista terão que concordar em um substituto.

CNN apurou que, até o momento, a chancelaria de Javier Milei e a de Maduro não estão em contato, mas isso terá que ocorrer para que ambos os países cheguem a um acordo sobre qual nação representará os interesses argentinos na Venezuela.

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Na noite de sexta-feira (6), o governo Maduro manifestou que irá suspender a custódia brasileira das representações argentinas na Venezuela, assumida em agosto, após a expulsão de diplomatas argentinos por Maduro.

Na manhã deste sábado (7), o Itamaraty recebeu uma nota oficial da Venezuela formalizando a decisão. O Brasil respondeu oficialmente manifestando a necessidade de designação do país substituto antes de deixar de exercer esta função. Segundo fontes da diplomacia, no que depender do Brasil, a Argentina não ficará sem custódia de suas sedes diplomáticas.

A preocupação principal é com os seis opositores que estão asilados na residência da embaixada argentina em Caracas. Na noite de sexta, eles postaram vídeos de um cerco policial diante do local.

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Na manhã deste sábado (7), eles ainda publicavam, nas redes sociais, vídeos de policiais e viaturas no local. “Estamos com a eletricidade cortada e os acessos à embaixada ocupados”, escreveu Magalli Meda, integrante da equipe da opositora María Corina Machado.

“Assim amanhece a sede da embaixada da Argentina em Caracas, rodeada por agentes do regime, encapuzados e armados”, escreveu a campanha do então candidato à presidência Edmundo González.

Os opositores também informam que os policiais impedem o acesso de jornalistas, apesar de a rua não estar bloqueada.

(cnn brasil)



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