
A ex-primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon Hee, foi presa por uma série de acusações, incluindo suborno e manipulação do mercado de ações.
Kim é a esposa do ex-presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, que também está preso. Ele declarou lei marcial no país em dezembro do ano passado e sofreu impeachment em abril.
A ex-primeira-dama negou todas as acusações durante uma audiência que durou quatro horas, no Tribunal Distrital Central da capital sul-coreana, Seul, na última terça-feira (12/8). Mas a Justiça emitiu um mandado de prisão, com base no risco de que ela possa destruir provas.
A Coreia do Sul tem um histórico de ex-presidentes indiciados e presos. Mas esta é a primeira vez que um ex-presidente e a ex-primeira-dama foram para a cadeia.
'Peço sinceramente desculpas por causar problemas'
O ex-presidente Yoon aguarda julgamento sobre a fracassada imposição da lei marcial, que fez com que os militares tomassem o poder por seis horas, em dezembro de 2024. A decisão lançou o país no caos.
Sua esposa, Kim, tem 52 anos. Ela enfrenta graves acusações, que incluem o envolvimento na manipulação dos preços das ações da empresa Deutsch Motors e o recebimento de bolsas de luxo.
Kim também é acusada de interferir em nomeações de candidatos durante as eleições parlamentares de 2022 e nas eleições gerais do ano passado.
Os promotores acusam Kim de ganhar mais de 800 milhões de wones (US$ 577.940, cerca de R$ 3,1 milhões) em um esquema de manipulação de valores das ações da Deutsch Motors, revendedora da BMW na Coreia do Sul.
Outras acusações incluem patrocínios envolvendo suborno, por meio da sua empresa Covana Contents, envolvimento na mudança de rota da Via Expressa Seul-Yangpyeong e o processo de aprovação para o Distrito de Yangpyeong Gongheung. Ao todo, são 16 acusações diferentes.
"Peço sinceramente desculpas por causar problemas, mesmo sendo alguém sem importância", declarou Kim aos jornalistas durante a audiência de terça-feira.