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Cada empresa apresenta uma justificativa, mas a verdade vai se impondo e a sucessão de demissões em massa vai desenhando uma forte crise de empregabilidade.
O fato do dia vem da fintech, C6 Bank, que fez uma rodada de demissão em massa nesta segunda-feira (6.fev.2023). O banco tenta justificar chamando de readequação, porém as informações indicam que foram cortados 12% da força de trabalho da empresa, cerca de 500 demitidos.
Não é pouco já que as fintechs se caracterizam por equipes enxutas.
O banco soltou uma declaração:
“Como é praxe nas empresas que buscam o melhor nível de eficiência nos mercados em que estão inseridas, o grupo avalia periodicamente a produtividade das equipes e, quando necessário, faz readequações de cargos e profissionais, bem como adequações de suas estruturas ao momento do negócio”, diz o texto.
Impotente, o Sindicato dos Bancários e Financiarias de São Paulo, Osasco e Região disse em nota que se reuniu com o C6 Bank para tratar das demissões.
Isso pouco significa na medida que as demissões já foram efetivadas imediatamente.
Os setores mais afetados são os de tecnologia da informação, corporativos e os operacionais – ou seja, profissionais bem treinados e remunerados que já adquiriram uma expertise na área.
Apesar do C6 Bank informar que serão feitas novas contratações, não faz sentido dispensar funcionários que já dominam a operação da empresa para contratar novos que terão que ser treinados e testados, com um grande custo para a empresa.
O C6 Bank se soma ao Nubank, à multinacional francesa Legrand e diversas empresas dos mais variados setores que tentam se livrar do ‘peso da folha’ tentando sobreviver à uma política econômica cada vez mais imprevisível por parte do governo Lula.
O clima aqui na Fiesp e em outras associações empresariais é “apertem os cintos, o piloto sumiu”.
(jornaldacidadeonline)
