Meteoro superbrilhante transforma a noite em dia no sul do Brasil



 

Um meteoro do tipo bólido cruzou os céus dos três estados da região sul do país na madrugada desta terça-feira (7). De tão brilhante, o fenômeno pode ser considerado, na verdade, um superbólido!

Em várias cidades da região houve registros em vídeo do fenômeno, que provocou um clarão e praticamente transformou a noite em dia por volta da 1h (pelo horário de Brasília). Embora tenha durado apenas poucos segundos, foi o suficiente para produzir um verdadeiro espetáculo no céu.

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De acordo com Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON) e colunista do Olhar Digital, o meteoro foi capturado por câmeras institucionais posicionadas nas seguintes cidades:

  • Maringá/PR 

  • Medianeira/PR 

  • Foz do Iguaçu/PR 

  • Monte Castelo/SC 

  • Vacaria/RS

  • Venâncio Aires/RS 

  • Nova Petrópolis/RS

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Moradores da região de Cascavel, no Paraná, relatam ter ouvido um forte barulho de explosão logo após a passagem do meteoro, o que mostra a intensidade do fenômeno. Nas redes sociais, também foram compartilhados registros feitos por câmeras de segurança de outros municípios.

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“Ainda estamos analisando as imagens para ter dados mais precisos, mas podemos afirmar, com certeza, que o fenômeno observado esta noite se trata de um bólido, que é o nome como chamamos os meteoros mais luminosos”, disse Zurita.

Ele explica que um meteoro é um fenômeno luminoso que é gerado pela passagem, em alta velocidade, de um fragmento de rocha espacial pela atmosfera da Terra. “Devido à sua alta velocidade, a rocha comprime e aquece o ar à sua frente, criando uma bolha de plasma que brilha intensamente. Esse plasma, ao mesmo tempo que emite muita luz, também vaporiza a rocha aos poucos, de forma que apenas os fragmentos maiores conseguem sobreviver à passagem atmosférica”.

No caso do meteoro observado no sul na última madrugada, o objeto brilhou tão intensamente que chegou a superar o brilho da lua cheia. “Nesses casos, ele também pode ser chamado de superbólido”, disse Zurita. “É provável que parte da rocha espacial tenha resistido à passagem atmosférica e chegado ao solo. Neste caso, damos o nome a estes fragmentos de meteoritos”.

Segundo ele, a BRAMON está trabalhando para determinar a massa da rocha espacial e sua trajetória pela atmosfera, além de estimar uma área de dispersão dos possíveis meteoritos gerados por ela.

Além de registrar as imagens em câmeras espalhadas pelo Brasil, a BRAMON também recebe capturas e relatos de testemunhos de fenômenos como este por meio de um formulário disponível neste link. É uma forma rápida e simples de contribuir com essa pesquisa.

(olhardigital)



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