TSE não encontra registros de doações de artistas a Lula



 

Um parecer elaborado pela equipe técnica do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revela que não há registros de doações de artistas recebidas pela campanha de Luiz Inácio Lula da Silva — por meio da “superlive” realizada na reta final do primeiro turno da eleição de 2022. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O evento, realizado no dia 26 de setembro de 2022, teve a presença de artistas de esquerda, como Chico Buarque, Daniela Mercury, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Emicida, Pabllo Vittar, entre outros.

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Advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentaram denúncia contra o petista na Corte eleitoral. A suspeita é que tenha sido usado caixa dois e ocorrido abuso de poder econômico, devido à ausência das informações relacionadas ao evento. Eles pedem a cassação da chapa de Lula e Geraldo Alckmin.

De acordo com o relatório do TSE, elaborado a pedido do ministro-corregedor da Corte, Benedito Gonçalves, não há nenhum valor registrado pela campanha do petista que teria sido obtido no encontro dos artistas. Consta somente uma declaração de gastos com a organização do evento, no valor de R$ 1 milhão, pago a duas empresas responsáveis pelo show.

Em outubro de 2021, o Supremo Tribunal Federal reafirmou a proibição aos conhecidos showmícios. No entanto, a Corte autorizou apresentações artísticas em eventos de arrecadação de campanha desde que os artistas participantes não sejam pagos por se apresentar nos palcos em favor de determinado candidato.

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Para os advogados da campanha de Bolsonaro, a participação dos artistas seria equivalente a uma doação, estimada em função dos cachês que normalmente são para as apresentações e, por essa razão, deveriam constar na prestação de contas de Lula.

Já a campanha do petista argumenta que as acusações são “simples inconformismo quanto ao apoio espontâneo de artistas à então candidatura vencedora”. Ainda não há uma data marcada para o julgamento do caso no TSE.

(revistaoeste)

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