Lula estreita relação com sindicatos em reuniões e chama fim do imposto sindical de 'crime'



Presidente recebeu diferentes lideranças sindicalistas no Palácio do Planalto desde a posse; governo quer fortalecer sindicatos

 

presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), tem ampliado a relação dele com centrais sindicais. Desde que tomou posse neste ano, ele abriu as portas do Palácio do Planalto para diferentes sindicalistas. Em paralelo, membros do Executivo federal defendem que a figura dos sindicatos seja fortalecida.

Continua após a publicidade.

Entre as associações que já se reuniram com o presidente, estão a Força Sindical, a Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, o Sindicato dos Metalúrgicos, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Confederação Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras das Américas.

Os encontros acontecem em meio a pressões da classe para a volta do imposto sindical. Em janeiro deste ano, Lula chegou a declarar que o fim do tributo foi um "crime" contra os sindicatos.

"Tirar do sindicato o direito de decidir, em assembleia, a contribuição para sindicato foi um crime que cometeram contra vocês. Não queremos que o trabalhador seja um eterno fazedor de bico. Queremos que o trabalhador tenha direitos garantidos, um sistema de seguridade social que os proteja", afirmou, durante evento no Palácio do Planalto.

Continua após a publicidade.

Em mensagem enviada ao Congresso Nacional pela abertura dos trabalhos da nova legislatura, em fevereiro, Lula confirmou que pretende mudar o atual sistema sindical e aprovar novas normas de proteção ao trabalho. No texto, ele disse esperar "a colaboração do Congresso para a construção negociada de regras para um novo sistema sindical e de proteção ao trabalho".

"As propostas serão elaboradas por meio de diálogo tripartite — governo, centrais sindicais e empresariais — e submetidas à apreciação e ao aperfeiçoamento pelos representantes do povo no Congresso. Haveremos de alcançar o equilíbrio entre a proteção ao trabalho, a liberdade de empreender e o estímulo ao investimento."

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou na semana passada que o governo vai enviar ao parlamento propostas para "enfrentar o desmonte da legislação trabalhista, da exclusão do trabalho, da informalidade e também a estruturação dos sindicatos".

Continua após a publicidade.

Segundo ele, caso não seja possível retomar o imposto sindical, é necessário encontrar uma alternativa para que os sindicatos não sejam penalizados. "Precisamos encontrar um formato que seja representativo, ou seja, forte. Não é que sindicato não sirva para nada, pelo contrário, mas precisa melhorar. Tem gente pedindo a volta do imposto sindical, e eu digo: 'Esquece, o imposto sindical não volta nunca mais. Temos de encontrar uma alternativa que fortaleça'."

(R7)



Noticias da Semana

Veja +